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RECUPERADO

Macaco de espécie em extinção sobrevive após se afogar em travessia entre ilhas e volta para a natureza no Paraná

12 de setembro de 2025
2 min. de leitura
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Foto: Diego Fernandes/IAT Morretes

Um macaco bugio-ruivo macho, jovem e em risco crítico de extinção, voltou à liberdade nesta quarta-feira (10) após uma verdadeira saga de resgate e recuperação. O primata foi devolvido à natureza por técnicos do Instituto Água e Terra (IAT) em uma área de proteção ambiental do Litoral paranaense depois de passar 20 dias internado na clínica veterinária da Unicesumar, em Curitiba.

A história desse pequeno guerreiro começou em 22 de agosto, quando ele foi avistado em uma situação desesperadora: tentava atravessar a nado entre ilhotas na Baía de Guaraqueçaba. Um colaborador do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) percebeu o drama e acionou o IAT para o resgate.

Quando foi encontrado, o bugio estava em condições preocupantes, desidratado e com sinais claros de afogamento. O quadro exigiu internação imediata para realização de exames clínicos e complementares de imagem.

“O bugio recebeu cuidados de manutenção direcionados para o seu retorno à vida livre durante todo o tratamento, o que possibilitou a soltura na natureza, em uma ação de cooperação entre o Instituto Água e Terra e o ICMBio”, explica o coordenador do setor de Fauna do Escritório Regional do IAT do Litoral, Rafael Galvão.

Essa espécie de primata da família Atelidae é facilmente reconhecida por sua pelagem avermelhada (daí seu nome popular) e pelos sons impressionantes que emite para se comunicar. Mas o que mais chama atenção é seu status de conservação alarmante: o bugio-ruivo está criticamente em risco de extinção, figurando entre os 25 primatas mais ameaçados do planeta.

“Essa ação, de salvar um animal ameaçado de extinção que está no plano nacional de espécies ameaçadas, representa muito o bem o trabalho de excelência desenvolvido no IAT em relação à conservação da fauna”, destaca o coordenador.

Como proceder

Ao avistar animais machucados ou vítimas de maus-tratos, tráfico ilegal ou cativeiro irregular, o cidadão deve entrar em contato com a Ouvidoria do Instituto Água e Terra ou da Polícia Militar do Paraná.

Se preferir, a pessoa pode ligar para o Disque Denúncia 181 e informar de forma objetiva e precisa a localização e o que aconteceu com o animal. Quanto mais detalhes sobre a ocorrência, melhor será a apuração dos fatos e mais rapidamente as equipes conseguem fazer o atendimento.

Fonte: Tribuna do Paraná

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