A baleia franca encalhada na praia de Itapirubá, em Laguna, no Sul do Estado, está cansada e doente. Se a operação de remoção com o auxílio de um barco rebocador falhar, não restará outra opção a não ser sacrificar o mamífero, segundo biólogos que trabalham nessa operação de salvamento.
Na areia da praia em frente ao local de encalhe, biólogos do Projeto Baleia Franca (PBF), Instituto Baleia Franca (IBF), policiais, bombeiros e integrantes de diversos órgãos ambientais dividem espaço com moradores e turistas que ficam comovidos ao ver o esforço do mamífero em tentar voltar ao mar.
Na tarde de quarta-feira (8), os voluntários conseguiram passar sobre o corpo da baleia uma cinta especial que será utilizada na remoção com o rebocador.”Vamos preparar tudo para tentar tirá-la dali por volta das 15h, horário em que a maré deve subir e favorecer essa operação”, diz a diretora de pesquisas do PBF, Karina Groch.
Drama do animal atraiu várias pessoas à praia
O encalhe da baleia entre as praias de Itapirubá e do Sol fez centenas de pessoas descobrirem o local.
Chegar até a praia onde está a baleia não é tão simples e seguro. Foram vários os motoristas que, na tentativa de evitar atolar o carro na areia molhada, acabaram ficando presos nas dunas.
Ontem pela manhã, quando a baleia estava bem perto da areia, mais de 30 veículos estavam estacionados naquele ponto deserto da praia.
Famílias inteiras, casais, turistas ou moradores da região foram ao local para ver de perto o drama do mamífero encalhado. Eram raras as pessoas que não tinham uma máquina digital ou celular para fazer um registro.
Durante a tarde, a Polícia Ambiental isolou a área para evitar aglomeração perto da baleia. Como há suspeita de que o animal tenha encalhado por estar doente, a medida também busca impedir que as pessoas se contaminem com alguma bactéria nociva à saúde humana, vinda da água do mar.
Outro cuidado foi para que o rabo do animal não atingisse as pessoas com os movimentos bruscos. Policiais militares deram apoio para evitar aglomerações.
Fonte: Diário Catarinense
Nota da Redação: É lamentável observar a morbidez dessas pessoas. Como a agonia, o sofrimento e a dor de um ser pode virar atração turística? Só deveria estar no local quem efetivamente pode ajudar a pobre baleia. É triste constatar que a humanidade se alimenta cada dia mais de tragédias.