O ano de 2013 na região de Campinas (SP) teve polêmicas envolvendo estudantes, policiais e grupos de defesa dos direitos animais que dominaram as manchetes dos meios de comunicação por semanas. Em agosto, uma notícia chocou os defensores dos animais. Policiais civis encontraram cães mortos e carne estragada em um freezer na União Protetora dos Animais (UPA). Dois meses depois uma nova polêmica, mas agora com animais usados em aulas de medicina. Ativistas invadiram uma aula prática na PUC-Campinas. Eles interromperam uma traqueostomia feita pelos futuros médicos em um porco.
Animais no freezer
O Setor de Proteção aos Animais e Meio Ambiente da Polícia Civil apurou, no dia 14 de agosto, uma denúncia de maus-tratos a animais e irregularidades na estrutura do abrigo da União Protetora dos Animais (UPA), em Campinas. Durante a vistoria, os policiais encontraram quatro cachorros mortos dentro de uma geladeira, junto com uma quantidade de carne moída que estava estragada e alguns remédios para os cães. O caso está sendo investigado pela Delegacia Seccional de Campinas, já que envolve figura pública com cargo político. A organização não-governamental foi fundada pelo deputado estadual Feliciano Filho (PEN), que na época chegou a dizer que não falaria mais sobre o assunto, mas ressaltou que a investigação seria” isenta e com mais seriedade”.
Aula prática de medicina
Ativistas interromperam uma aula prática no curso da Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas em outubro. Eles são contra pesquisas e uso de animais como cobaias. Segundo a instituição de ensino, a entrada dos manifestantes nas dependências ocorreu sem autorização. Eles queriam registrar os procedimentos que usavam cinco porcos na técnica de traqueostomia, que facilita a chegada de ar aos pulmões em emergências. Um dos ativistas foi identificado como ex-funcionário da universidade. A diretoria adjunta do Centro de Ciências da Vida (CCV) da PUC Campinas afirmou que os animais são insubstituíveis no processo de aprendizado.
Com informações de G1