Vinte lóris, uma espécie de primata que hoje está em extinção, eram mantidos aprisionados, mas graças aos esforços e a união de equipes de resgates, esses animais estão voltando para a natureza.
Os vinte lóris foram salvos entre 2015 e 2018. Infelizmente, nesse período de tempo, os animais sofreram de estresse, trauma e desnutrição, alterando seus comportamentos naturais. Agora, eles irão iniciar um processo de habituação e irão ficar em um recinto protegido antes de serem finalmente liberados na natureza.
O Departamento de Conservação de Recursos Naturais (BBKSDA), o Resgate Internacional de Animais (IAR) e o programa de conservação de lóris na Área de Conservação de Masigit-Kareumbi são os responsáveis por essa ação.
Os primatas passaram por vários exames médicos e por uma reabilitação no IAR. Depois, foram transportados para a Área de Floresta de Conservação de Masigit-Kareumbi, uma área de aproximadamente 12.420 hectares com um ecossistema adequado para sua preservação e proteção.
O processo de habituação dura de duas a quatro semanas. Eles serão monitorados de perto e observados para garantir que estarão prontos para sua nova vida na natureza antes de serem liberados.
“Retornar esses animais para a floresta é de fato muito mais difícil do que caçar ou capturá-los na natureza. Requer muito esforço e fundos para garantir que eles estejam bem para serem liberados em seu habitat”, disse Robithotul Huda, gerente de programa da IAR Indonesia, em Bogor.
“O processo e os estágios também exigem muito tempo e precisam estar de acordo com procedimentos operacionais rigorosos. Além disso, a avaliação do habitat em locais de liberação, habituação e monitoramento pós-liberação para garantir a adaptação e sobrevivência a longo prazo são processos que devem ser seguidos rigorosamente para dar aos lóris a melhor chance de prosperar na floresta ”.
Embora o retorno desses animais seja uma ocasião importante a ser celebrada, também é algo que nunca deveria ter sido necessário. Manter esses animais como animais em cativeiro é cruel e contribui diretamente para a caça e tráfico de animais.
Para serem vendidos como animais domésticos, os lóris são tirados de suas famílias e têm os seus dentes removidos, pois são venenosos. “Em cativeiro, muitos deles acabam morrendo como resultado da tortura e do bem-estar comprometido que eles passam nessa experiência de comércio ilegal”, afirma Huda.
IAR e outras organizações estão na linha de frente lutando para salvar os lóris.