O Parque é cortado pela rodovia Br 487, onde foi construído a mais de dez anos o Complexo de Pontes Luiz Eduardo Magalhães sobre o Rio Paraná. Neste local o rio é dividido em dois canais pela Ilha Bandeirantes, segunda maior ilha do Parque, com aproximadamente 5.000 hectares.

Por tratar-se de rodovia federal de tráfego intenso, principalmente de caminhões que transportam mercadorias do centro-oeste para o sul, e vice versa, os animais silvestres que habitam o Parque eram vítimas de atropelamentos constantes, principalmente em virtude da alta velocidade dos motoristas, que trafegavam acima do permitido.

Somente o ano passado foram atropelados um macaco bugio (também conhecido por guariba, barbado ou macaco-uivador está entre os maiores primatas neotropicais e sofre ameaça de extinção; ele é famoso por seu grito, que pode ser ouvido em toda a mata), dois tamanduás bandeira (também ameaçados de extinção), uma onça parda, além de dezenas de pequenos mamíferos, répteis, e até mesmo aves que vinham se alimentar das carcaças. Embora existam túneis passa-animais sob a rodovia, em diversos pontos da ilha, os animais também atravessam a pista nos seus deslocamentos em busca de alimentos.

Neste trecho de aproximadamente 3.400 metros, existem diversas placas de advertência alertando para a travessia do Parque, orientando os motoristas a reduzirem a velocidade, mas não era o suficiente para impedir a alta velocidade e consequentes crimes ambientais, sendo necessário a colocação das lombadas, e assim obrigar os veículos a trafegarem em baixa velocidade.

Fonte: Ilustrado