Foram apreendidos nesta sexta-feira (19) 130 animais exóticos e domésticos que estavam sendo vendidos irregularmente numa loja no Centro do Rio. A Casa de Pássaros Guará foi fechada por agentes da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Rio, presidida pelo deputado André Lazaroni (PV). Entre os animais, estava uma papagaio de espécie “ecleto” – avaliado em R$ 8 mil – morto dentro de uma geladeira. Foram recolhidos também diversos medicamentos fora da validade.
Os fiscais foram à loja motivados por uma denúncia anônima sobre a venda irregular dos animais. Eles estiveram pela primeira vez no local no dia 12, à paisana, para comprovar a queixa. Nesta sexta-feira, eles retornaram para autuar o proprietário, que não apresentou a documentação necessária. Ele responderá, primeiramente, a um processo por maus-tratos e venda ilegal dos bichos.
A operação teve início às 10h, quando os fiscais da Alerj chegaram à loja, na Rua do Teatro, 23. Após realizarem uma vistoria parcial, os agentes constataram a venda de faisões exóticos e acionaram o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Prefeitura do Rio, para uma fiscalização mais detalhada.
Os agentes encontraram doze faisões exóticos, das espécies dourado e prata, e um pássaro da espécie “ring neck”, semelhante a uma calopsita, que foram encaminhados para o Zoo do Rio. Outras 100 aves, dentre elas galinhas, canários belgas e periquitos australianos, dois cachorros, quatro gatos siameses, três chinchilas e diversos porquinhos-da-índia e ramsteres foram encaminhados para o CCZ, Zona Oeste do Rio.
De acordo com os agentes, um dos casais de faisão está avaliado em R$ 400.
– Não sabia que esses faisões eram ilegais. Trabalho com esses bichos há mais de 40 anos e nunca tive esse problema. O que mais cuido na vida são desses animais. O papagaio não é meu. Ele pertence a uma cliente que o trouxe para eu cuidar. Ele chegou aqui muito mal e morreu há dois meses. Ele está ali guardado para devolver para a dona. Tenho que provar que o pássaro dela morreu – argumentou o dono da loja, Geraldo Eloi, antes de cair em contradição e comprovar que sabia da irregularidade dos faisões.
– Já até procurei o Ibama para regularizar esses animais, mas, quando chego lá, não tem ninguém para atender. A gente fica sem saber o que fazer.
No final da vistoria, o proprietário foi encaminhado para a Delegacia de Proteção à Saúde, também no Centro, pagou fiança e foi solto. Ele teve a loja fechada e multada em R$ 12 mil pelo Ibama. Ele responderá, primeiramente, a um processo por maus tratos e venda ilegal dos bichos.
Fonte: Extra