(da Redação)
Os ameaçados lobos-marinhos de Guadalupe estão encalhando na costa da Califórnia, no Estados Unidos, em números nunca antes vistos, de acordo com a National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA). As informações são do Take Part.
Esses mamíferos marinhos geralmente passam um tempo na costa do México, mas pelo menos 80 deles acabaram aparecendo na região costeira da Califórnia – magros, desidratados ou mortos. Esta é uma taxa oito vezes mais alta que a documentada em um ano típico.
Dos 80 animais, 42 foram encontrados mortos, e somente 16 dos 38 encontrados vivos sobreviveram.
A ocorrência sem precedentes levou a NOAA a declará-la um evento de mortalidade incomum para os lobos-marinhos, afirmando que os seus cientistas irão dedicar mais tempo a estudar a espécie, e que alguns dos animais resgatados serão avaliados.
A luta dos lobos-marinhos acontece no mesmo ano em que um recorde de 3.500 leões marinhos morreram também ao longo da costa da Califórnia.
Os cientistas acreditam que as temperaturas atipicamente quentes das águas no leste do Oceano Pacífico possam estar afetando a saúde dos mamíferos marinhos. Uma grande faixa de água “irracionalmente quente” está causando estragos a todas as espécies, desde os caranguejos de Washington até as algas do Oregon, e isso pode estar empurrando espécies de peixes dos quais esses mamíferos dependem para se alimentar mais ao norte, distante de onde eles conseguem ir.
O centro de mamíferos marinhos do Pacífico em Laguna Beach resgatou e acolheu quatro lobos-marinhos entre Janeiro e Maio deste ano.
“Isso é realmente mais do que tipicamente resgatamos em qualquer ano”, disse o diretor executivo Keith Matassa, acrescentando que 2015 tem sido um ano de recordes de entrada para todas as espécies de mamíferos marinhos no centro. “Considerando as nossas médias de 1998 a 2014, nós resgatamos cerca de 188 leões e elefantes marinhos por ano. Em 2015, já tivemos 535 resgates até então”.
Nesse momento, acontece a baixa temporada. Focas e leões marinhos adultos estão em seus viveiros, cuidando de seus filhotes recém nascidos, a maioria dos quais nasceram entre junho e julho. Aos aproximadamente seis meses de vida, os filhotes começam a se aventurar por sua própria conta, e é quando os relatos de encalhes novamente deverão se fazer notar.