Por Giovanna Chinellato (da Redação)
Agências do governo estão buscando novas alternativas para impedir a matança ou o deslocamento de lobos em Northern Rockies e Great Lakes, nos EUA, apesar de duas ações da Corte que restauraram o status de espécie ameaçada em todos os estados exceto Alasca e Minnesota.
Várias propostas incluem matar filhotes nas tocas, cirurgicamente esterilizar lobos adultos e permitir que caçadores diminuam o número de predadores.
Apesar de serem envenenados à quase extinção nos outros 48 estados, os lobos ressurgiram significativamente nas últimas décadas sob proteção do Ato de Espécies Ameaçadas. Mas os caçadores estão novamente ameaçando acabar com a espécie.
Segundo o portal MSNbc, oficiais da Vida Selvagem justificam a matança dizendo que sem a caça, eles precisariam de outras medidas para eliminar o “problema” das matilhas.
“Conforme aumenta o número de lobos, a caça e o deslocamento de animais também vão aumentar. É bem lógico”, disse Mark Collinnge, diretor de serviços da vida selvagem de Idaho, o ramo do Departamento de Agricultura dos EUA que extermina covardemente os lobos, normalmente atirando neles de um helicóptero.
Mas conservacionistas e defensores dos animais acreditam que a resposta à superpopulação de lobos é cruel demais. Eles lembram que a espécie em geral continua sob risco de extinção.
“As atitudes que eles vêm tomando é um tremendo retrocesso, voltando à época em que a mesma agência estava sufocando filhotes com gás em suas tocas e mandando iscas envenadas, ou colocando armadilhas”, disse Michael Robinson do Centro de Diversidade Biológica.
No mínimo 1.700 lobos agora habitam Idaho, Montana e Wyomind. Existem mais de 4.000 em Michigan, Wisconsin e Minnesota. Novas populações estão tomando Oregon e Washington, e lobos foram vistos no Colorado, Utah e Nova Inglaterra.
Alguns dos habitats mais remotos estão ficando saturados de lobos. Como resultado, as matilhas precisam ir para áreas agrícolas ou residenciais onde animais domésticos são isca fácil.
Uma das propostas mais cruéis- enterrar filhotes vivos nas tocas e então envenená-los com monóxido de carbono – seria usada em casos em que o resto da matilha tivesse sido morto por caçar animais de fazenda, dizem os oficiais.
Práticas mais comuns envolvem, ainda, atirar os animais de um helicóptero, o que tende a acontecer cada vez mais.