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Lobos estão ficando cada vez mais sem habitat

14 de março de 2011
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O lobo é uma das espécies cuja área de distribuição mundial tem sido a mais reduzida. Esta situação tem motivado “enormes” esforços com a finalidade de “evitar” a sua extinção.

Segundo Mónica Almeida, representante do grupo “O Lobo”, em Portugal, não se pode atuar de uma forma concreta e positiva, perdendo-se assim mais uma espécie animal, e todo o ecossistema fica mais pobre.

“Há zonas no país onde praticamente já não existem lobos. Temos de abordar a espécie de uma forma mais científica e menos empírica, de forma a evitar a extinção do predador”, relatou a ambientalista à Agencia Lusa.

Os impactos ambientais como é caso das autoestradas ou parques eólicos são elementos que por vezes levam à “ausência das alcateias” junto dos centros mais populosos ou rurais.

Não opinião dos técnicos, o lobo tem um papel “muito útil” na natureza, já que se trata de “um predador de topo”, visto que a sua principal função é a “limpeza” do ecossistema de animais fracos ou doentes.

“Os animais domésticos são as espécies mais fáceis para um predador como o lobo. Por esse motivo é preciso estar atento às suas investidas,” considera Mônica Almeida.

A existência do grupo “O Lobo” resulta da necessidade de divulgar novos fatos sobre o lobo. O predador que “nos habituaram a ver como demoníaco”.

“Hoje em dia estes conceitos estão completamente desatualizados mas, infelizmente, os novos conhecimentos sobre este animal estão pouco divulgados junto da opinião pública e por este motivo é necessário sensibilizar a opinião pública para o efeito,” considera Mônica Almeida.

A população do lobo está divida por duas regiões a nível nacional importantes. Ou seja a parte norte e sul do rio Douro.

“Na parte sul do rio Douro, a população está ameaçada, enquanto na região a norte do curso de água, no entanto a mesma cruza com as espécies que habitam o lado espanhol tornando – se assim num habitat com mais elementos e a população lopícula estável,” considera a ambientalista.

“Na região norte do país, o lobo alimenta-se essencialmente do corso, veado ou javali. No Minho os ataques dos lobos são efetuados sobre animais que são pastoreados ao ar livre tais como os cavalos ou vacas,”disse a especialista.

Na opinião do veterinário e membro da associação ALDEIA, João Rodrigues, desde os anos 30 aos anos 80 do século passado houve uma recessão das espécies de lobos, já que a mesma era considerada como “cinegética”.

“Em tempo quem abatesse um lobo era bem visto do seu da população onde residia, porque se considerava que a pessoa que matasse um lobo tinha feito algo de bom para a comunidade ” especificou.

No entanto, os técnicos consideraram que existem cerca de 400 animais espalhados por todo o país.

“Tem de se perceber que cinco ou seis animais como o lobo podem patrulhar uma área de 150 quilômetros quadrados”, afiançou João Rodrigues.

Fonte: Destak

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