Por Giovanna Chinellato (da Redação)

De norte a sul, os lobos dos Estados Unidos estão em perigo.

Pelo menos 200 lobos nas proximidades do Alaska’s Yukon – Charlie Rivers National Preserve estão marcados para a morte. A caça já começou, com pelo menos oito lobos vitimados nos primeiros dias. Helicópteros e aviões têm sido usados para localizar e atirar nos animais. Ou perseguem os lobos até a exaustão, e só atiram quando ele já está caído. De qualquer forma, os animais não têm chances.

O problema com os lobos é que eles, “inconvenientemente”, caçam os mesmos animais que deveriam ser caçados pelas pessoas que fomentam a indústria turística. Além de lucrar com as caças, também permitem que as pessoas participem da matança aérea. E fica ainda pior. De acordo com os Defenders of Wildlife, caçadores, donos de lojas de peles e a companhia que faz armadilhas para lobos estão para se unir com a poderosa Alaska Board of Gamem, um órgão que regula a vida selvagem do Alasca, composto por caçadores. Para piorar ainda mais, a profissional em caça aérea Sarah Palin está produzindo um reality show sobre as grandes belezas do Alasca.

E não é só no Alasca que os lobos correm perigo. Os lobos de Idaho e Montana estão sob a mira dos caçadores desde que a administração de Barack Obama seguiu a tendência de George W. Bush e tirou os lobos de Northern Rockies e Grater Yellowstone da lista de espécies ameaçadas. Esse movimento deixou a proteção dos lobos na mão do governo. Idaho já estendeu a temporada de caça até a primavera, colocando até as lobas grávidas em perigo.

No Novo México, lobos mexicanos estão lutando pela sobrevivência da espécie. Em meados da década de 1970, eles foram colocados na lista de espécies ameaçadas. Depois de três décadas, ainda correm risco de extinção. Apesar das proteções do governo federal e programas de reprodução, a população selvagem vem declinando muito no último ano. Existem apenas dois casais aptos a procriação em liberdade.

A ameaça de extinção do lobo mexicano deve-se a campanhas privadas, estaduais e federais, promovidas no começo dos anos 1900, patrocinadas por pecuaristas e demais interesses humanos. Cem anos depois, estão destinados a cometer o mesmo erro com o restante das populações de lobo ao redor do país.

Com informações de Animals Change