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INCONSCIÊNCIA

Lobo-marinho surge em praia de Florianópolis (SC) e é resgatado após ser incomodado por banhistas

Projeto de Monitoramento de Praias, que fez o resgate, enfatiza que aproximação de banhistas causa desconforto e estresse ao lobo-marinho.

12 de setembro de 2022
Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução

Um lobo-marinho-subantártico foi flagrado na Praia dos Ingleses, em Florianópolis (SC), no domingo (11/9). Segundo o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), inicialmente a área foi cercada para preservar o descanso do animal (foto abaixo).

Como banhistas se aproximaram, o mamífero precisou ser levado a uma praia menos movimentada para ser avaliado. 

O animal foi visto durante o monitoramento diário do R3 Animal, que integra o PMP-BS. Segundo os especialistas, a presença próxima ao animal causa nele desconforto e estresse. No vídeo captado por um dos banhistas, é possível ver uma mulher chegar bem perto do lobo-marinho, o que não é aconselhável, e fazer pose para foto. Com isso, a imunidade do mamífero pode baixar, deixando-o debilitado.

Segundo a veterinária Daphne Wrobel Goldberg, o macho adulto, medindo 1 metro e 44 centímetros de comprimento, está abaixo do peso e desidratado. Ele pesa 50 kg.

“Pelo fato do lobo-marinho apresentar exaustão e possuir uma massa entre 8 a 10 cm de diâmetro na mandíbula direita, ele foi levado para o Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM/R3 Animal) onde passará por exames complementares para buscarmos o tratamento adequado para o quadro clínico”, explica Daphne.

Inicialmente, animal foi cercado na praia dos Ingleses — Foto: R3 Animal/ Divulgação

Cuidados

Segundo o R3 Animal, é necessário que pessoas mantenham uma distância mínima de 5 metros de lobos-marinhos. É importante também afastar os animais domésticos.

O grupo lembra que lobos-marinhos são animais selvagens e, caso se sintam ameaçados, podem tentar se defender.

Especialistas também orientam que fotos com flash sejam evitadas.

“Nunca forneça alimento ou force o animal a entrar na água, pois caso não esteja debilitado, ele quer apenas descansar e pode ficar no mesmo local por dias consecutivos até recuperar as forças e seguir seu rumo”, afirmaram, em nota.

Sobre a espécie

O lobo-marinho-subantártico faz parte da família dos Pinípedes, que inclui leões-marinhos, elefantes-marinhos e focas.

A espécie habita principalmente as ilhas ao norte da Convergência Antártica. Possui uma pelagem de coloração pardo-amarelada no peito e no pescoço, os adultos desenvolvem um pequeno topete. Pode aparecer no Litoral catarinense durante o inverno em busca de descanso e alimento.

 

Informações de: g1

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