Um lobo-marinho-subantártico foi flagrado na Praia dos Ingleses, em Florianópolis (SC), no domingo (11/9). Segundo o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), inicialmente a área foi cercada para preservar o descanso do animal (foto abaixo).
Como banhistas se aproximaram, o mamífero precisou ser levado a uma praia menos movimentada para ser avaliado.
O animal foi visto durante o monitoramento diário do R3 Animal, que integra o PMP-BS. Segundo os especialistas, a presença próxima ao animal causa nele desconforto e estresse. No vídeo captado por um dos banhistas, é possível ver uma mulher chegar bem perto do lobo-marinho, o que não é aconselhável, e fazer pose para foto. Com isso, a imunidade do mamífero pode baixar, deixando-o debilitado.
Segundo a veterinária Daphne Wrobel Goldberg, o macho adulto, medindo 1 metro e 44 centímetros de comprimento, está abaixo do peso e desidratado. Ele pesa 50 kg.
“Pelo fato do lobo-marinho apresentar exaustão e possuir uma massa entre 8 a 10 cm de diâmetro na mandíbula direita, ele foi levado para o Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM/R3 Animal) onde passará por exames complementares para buscarmos o tratamento adequado para o quadro clínico”, explica Daphne.
Cuidados
Segundo o R3 Animal, é necessário que pessoas mantenham uma distância mínima de 5 metros de lobos-marinhos. É importante também afastar os animais domésticos.
O grupo lembra que lobos-marinhos são animais selvagens e, caso se sintam ameaçados, podem tentar se defender.
Especialistas também orientam que fotos com flash sejam evitadas.
“Nunca forneça alimento ou force o animal a entrar na água, pois caso não esteja debilitado, ele quer apenas descansar e pode ficar no mesmo local por dias consecutivos até recuperar as forças e seguir seu rumo”, afirmaram, em nota.
Sobre a espécie
O lobo-marinho-subantártico faz parte da família dos Pinípedes, que inclui leões-marinhos, elefantes-marinhos e focas.
A espécie habita principalmente as ilhas ao norte da Convergência Antártica. Possui uma pelagem de coloração pardo-amarelada no peito e no pescoço, os adultos desenvolvem um pequeno topete. Pode aparecer no Litoral catarinense durante o inverno em busca de descanso e alimento.
Informações de: g1