Moradores do bairro Vila Felipe de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, estão assustados com a morte repentina de seus animais domésticos há algumas semanas. Segundo eles, o motivo das mortes seria o veneno colocado na única lixeira que atende a população local. O excesso de lixo acumulado no trecho atrai ratos, mas a solução encontrada por alguns estaria trazendo ainda mais prejuízos. Uma escada no bairro acabou virando uma espécie de cemitério, onde os cachorros e gatos são encontrados pela manhã, logo após a intoxicação.
Rubens Oliveira perdeu três gatos nos últimos dias. Segundo ele, um quarto animal foi doado na tentativa de que sobrevivesse. Ele conta que um dia, ao descer a escadaria, chegou a ver um cachorro e três gatos mortos. “A gente desce para trabalhar e fica triste em ver animal morto porque as pessoas estão colocando veneno. Pessoa que faz isso merece ser presa”, diz ele indignado.
A situação se repete com outros moradores locais. Quatro animais da aposentada Cláudia Campos morreram envenenados e agora ela mantém sua cadela presa em casa. “Fico com medo de perder mais um”, conta ela.
De acordo com a veterinária Priscila Mesiano, o problema é comum já que o veneno pode ser confundido com comida pelos animais. Segundo ela, é preciso que os tutores tenham muita atenção com os sintomas. “Vômito, diarreia, tremor muscular, sangramento e manchas pelo corpo. Em qualquer um desses sintomas tem que ficar atento, pegar o seu animal o mais rápido que puder e levar ao veterinário”, explica.
Mais lixeiras podem ser solução
A preocupação é ainda maior já que o veneno fica espalhado pela rua e pode ser ingerido por crianças do bairro. Para solucionar o problema, os moradores pedem mais lixeiras. “A gente paga imposto, a gente paga tudo, é uma vergonha”, fala Oliveira.
A Prefeitura de Petrópolis informou que vai avaliar o pedido dos moradores de mais lixeiras no bairro. Ela também vai analisar a necessidade de ampliar a coleta, que atualmente acontece às segundas, quartas e sextas. Sobre o controle dos ratos, a prefeitura pediu que os moradores entrem em contato com a Vigilância Sanitária no telefone (24) 2291-2797. A Polícia Civil não informou se existem investigações sobre o caso.
Fonte: Canal Petrópolis