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CASO BORIS

Lince que era mantido em cativeiro há seis anos morre após receber dardo tranquilizante

10 de agosto de 2024
Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução | Facebook

Boris, o lince-do-deserto que vivia há seis anos com uma família na Madeira (Portugal), faleceu na última quarta-feira (07). A informação foi confirmada o pela Associação Ajuda a Alimentar Cães, que divulgou a notícia também em sua página de Facebook. Segundo a associação, o animal estava em estado crítico desde que foi sedado com um dardo tranquilizante para ser devolvido aos guardiões. A família, com o apoio de sua advogada, já está buscando responsabilizar os envolvidos.

O caso de Boris ganhou notoriedade nas últimas semanas, culminando em uma petição que reuniu milhares de assinaturas. O incidente teve início nos primeiros dias de julho, quando a Guarda Nacional Republicana (GNR) resgatou o lince e identificou uma mulher de 38 anos por manter um animal de espécie protegida em situação ilegal. A operação, segundo as autoridades, visava proteger a vida selvagem e coibir o tráfico, exploração e detenção de espécies protegidas em cativeiro.

A Ajuda a Alimentar Cães lançou uma petição no final do mês, argumentando que Boris havia sido resgatado ainda filhote, resultado de um erro sem má intenção ou tentativa de exploração. A associação reconheceu a necessidade de penalização da tutora, mas destacou que o lince, após seis anos em cativeiro, comportava-se como um gato doméstico, incapaz de sobreviver em outro ambiente. “Ele vivia em liberdade dentro de um sítio, convivia com outros animais e humanos, recebia uma alimentação adequada e cuidados veterinários regulares”, defendia a petição.

No dia 31 de julho, o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza da Madeira determinou que, para o bem-estar do animal, ele deveria ser devolvido à família. No entanto, a decisão foi temporária, uma vez que o “processo contraordenacional” ainda estava em curso.

Apesar das expectativas de um final feliz, Boris retornou para casa em estado preocupante. “Chegou sedado e, por mais de um dia, não acordou. Foi levado para uma clínica veterinária de urgência, mas seu estado de saúde só piorou. Perdeu a capacidade de andar e comer, e hoje parou de reagir a qualquer estímulo”, relatou a associação no Facebook, classificando a situação como “revoltante” e lamentando que Boris jamais deveria ter sido retirado do ambiente onde sempre viveu.

A morte de Boris gerou comoção nas redes sociais, onde vários usuários expressaram sua indignação e tristeza. “Sem palavras… que se faça justiça para que essa situação não passe em vão”, escreveu um internauta. Outro lamentou: “Como puderam fazer isso ao Boris? Que tristeza, ainda pensei que ele seria muito feliz com a família.”

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