O aumento da população do lince-ibérico na Espanha e em Portugal permitiu superar a ameaça fundamental para sua sobrevivência, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) – embora o mesmo não tenha acontecido com o leão na África Oriental.
Ao todo, 22.784 espécies animais e vegetais, das 77.340 que integram a lista vermelha da IUCN, estão ameaçadas de extinção.
Segundo a lista deste ano, o lince saiu da categoria “perigo crítico de extinção” e entrou na lista de “em perigo”. O felino de grande beleza, pouco maior do que um gato, vive no sudoeste da Espanha e no sudeste de Portugal.
Após seis décadas de queda, sua população passou de 52 indivíduos em 2002 para 156 em 2012, graças, em particular, à reconstituição da população de coelhos – sua principal fonte alimentar – à vigilância para evitar armadilhas e à criação em cativeiro dos animais antes de serem reintroduzidos na natureza.
Na atualização de sua Lista Vermelha, a IUCN também comemora a melhoria do estado de conservação de leões-marinhos na ilha de Guadalupe (que vivem nas ilhas mexicanas e da Califórnia, nos Estados Unidos) e que os cientistas tinham dado por extintos duas vezes, no final do século XIX e nos anos 1920.
Este mamífero marinho passa do “quase ameaçado” para “menos preocupação” graças a medidas para proteger seu habitat e à legislação como a promulgação da lei que protege os mamíferos marinhos nos Estados Unidos.
A população da espécie passou de 200 a 500 indivíduos em 1950 para cerca de 20.000 em 2010.
No entanto, outros mamíferos estão expostos a ameaças crescentes devido à caça ou à perda de habitat.
O gato dourado africano passou da categoria “quase ameaçado” para “vulnerável”, devido ao declínio da população. O leão-marinho de Nova Zelândia, que antes era considerado como “vulnerável”, está agora “em risco”, principalmente devido à doença e modificação do habitat, como resultado de pesca.
Apesar dos resultados das medidas de conservação tomadas na África do Sul, o leão permanece na categoria “vulnerável” em todo o mundo devido a seu declínio em outras regiões: na África Ocidental são classificados como “criticamente em perigo”. Na África Oriental “também foi constatado um rápido declínio”, lamentam os especialistas.
O futuro do leão é sombrio, de acordo com a IUCN, que ressaltou que “o comércio de ossos e outras partes do corpo usada na medicina tradicional, tanto na própria região quanto na Ásia, é uma nova ameaça para a espécie”.
Fonte: Terra Notícias