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Limeira (SP) vai castrar 300 coelhos em área com superpopulação do animal

18 de maio de 2015
3 min. de leitura
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Foto: Giuliana Buzolin/ Prefeitura de Limeira
Foto: Giuliana Buzolin/ Prefeitura de Limeira

Limeira (SP) iniciou um plano de castração e adoção dos coelhos que vivem em uma lagoa do Jardim Piratininga, onde há superpopulação de animais da espécie. De acordo com a Prefeitura, a intenção é esterilizar 300 deles, o que equivale à metade dos que atualmente vivem no local.
Segundo a Prefeitura, um levantamento comprovou a proliferação descontrolada na lagoa, que fica dentro da área urbana. Os primeiros animais foram abandonados por um ex-criador, que desistiu da atividade, de acordo com moradores da região.
Dez coelhos já passaram pelo procedimento e a intenção é esterilizar 20 por semana, informou a administração municipal. A diretora do Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal da Secretaria de Meio Ambiente, Giuliana Clarice Mercuri Quitério Buzolin, diz que o principal objetivo é o controle populacional da espécie.
“Além do manejo reprodutivo, o projeto, que acontece em parceira com a Associação Limeirense de Proteção Animal, também prevê o plano de adoção dos coelhos, que já conta com 100 interessados cadastrados”, afirmou a diretora.
Foto: Reprodução/EPTV
Foto: Reprodução/EPTV

Giuliana destaca ainda que a adoção segue parâmetros determinados por lei. “Qualquer pessoa que se dispõe a receber um animal precisa atender aos critérios da posse responsável, como ser maior de 18 anos e ter condições de abrigá-lo com espaço e tratamento adequados”, lembrou. Ela disse a população não deve alimentar os animais, já que eles encontram comida adequada na natureza, como flores, raízes e grama.
Orientação
Ao ser alimentado pela população, que muitas vezes deixa restos de comida, os coelhos correm riscos. O lixo atrai ratos, baratas e moscas, que são nocivos à saúde dos animas e dos moradores que vivem próximos.
A lagoa fica no Jardim Piratininga e também tem capivaras e ratões-do-banhado. Apesar de cercado, o terreno tem a tela rompida em vários pontos, o que permite a saída dos animais. Na rua, bem em frente à lagoa, há um hospital.
Em abril, o biólogo Mateus Crocco disse à EPTV, afiliada da Rede Globo, que a situação era propícia para a proliferação desenfreada. “Esse animal tem uma gestação muito curta, de apenas 28 dias. E a fêmea entra no cio só com a presença do macho. Na idade produtiva ideal, ela pode gerar uma ninhada por mês”.
Na época, Crocco defendeu o controle biológico da espécie. “Tem que ser um manejo coerente e ético, uma vez que estará lidando com vidas. E junto do controle deve haver também um trabalho de conscientização. As pessoas precisam saber que não podem soltar coelhos assim”, complementou.
Crime ambiental
O abandono de animais é crime previsto em lei federal. A pena pode variar de 3 meses a 1 ano de prisão, além de pagamento de multa.
Fonte: G1

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