(da Redação)
Pelo jeito, nem as organizações voltadas ao esporte podem ser isentas do que diz respeito à crueldade animal.
O PETA emitiu recentemente um press release onde alega que a NFL (National Football League – Liga Nacional de Futebol) é responsável por pesquisas em laboratório que estão machucando e matando animais. As informações são da Global Animal.
Rick Chandler do SportsGrid.com divulgou que o PETA lançou uma petição entitulada “Unnecessary Roughness” (“Aspereza Desnecessária”) com o objetivo de parar a pesquisa de ferimentos em esporte que têm sido conduzidas em animais.
E isso vem ocorrendo há muito tempo. Segue um trecho do release do PETA:
“Durante anos, a Fundação National Football League, anteriormente conhecida como NFL Charities, patrocinou em silêncio experimentos horríveis e mortais utilizando cães, ratos e outros animais…Esses projetos, muitos dos quais estão em andamento, são grosseiramente criados para reproduzir e simular ferimentos que ocorrem nos campos de futebol”.
A declaração lista um número de universidades dos Estados Unidos que supostamente conduziram estes experimentos cruéis em conjunto com “laboratórios privados”.
O PETA afirma que os experimentos visam recriar lesões na cabeça, na coluna vertebral e outros acidentes relacionados a esportes. O site da ONG fornece um exemplo em formato “.GIF” de tais experiências, que mostra um rato tendo a cabeça esmagada por uma barra de metal.
O documento emitido pelo PETA também declara que lesões sérias de joelho estão sendo infligidas a cães que, por sua vez, são subsequentemente assassinados. É mencionado no documento que a NFL supostamente traz como razão aos experimentos em animais o custo de 765 mil dólares que teve com ex-jogadores que sofreram de ferimentos na cabeça em campo. Também é citado no texto um apelo da liga para alocar 10 milhões de dólares em “pesquisa e educação”.
O release finaliza concluindo que os alegados experimentos não apenas causam danos inegáveis e terríveis aos animais como também não são efetivos em termos de pesquisa.
“Continuar a bater nas cabeças de animais e aleijar cães não irá prevenir e tratar ferimentos sofridos pelos jogadores da NFL. É tempo para uma nova cartilha, quando se trata de avançar na Ciência para tratamento de lesões traumáticas”.
Em nota, a NFL apenas respondeu que todos os procedimentos “seguem os atuais padrões éticos da indústria para a investigação médica estabelecidos pela comunidade científica”, e que “os pedidos de subvenção devem ser previamente aprovados pelo Comitê de Ética da instituição participante”, de acordo com reportagem do Bleacher Report.
Assine a petição e veja a imagem que mostra o rato sendo torturado com uma barra de metal em experimento da NFL.
Aberrações em nome do esporte
Recentemente, mais um caso bizarro foi divulgado nos noticiários envolvendo caso extremo de crueldade animal em nome de um evento esportivo.
Uma ovelha foi morta antes de um jogo no Cazaquistão no que chamaram de “abate ritual” para trazer sorte. A prática foi duramente criticada pelo PETA, que questionou a UEFA pedindo a proibição.
Os experimentos com animais e este caso são exemplos sofisticados e contemporâneos que remontam aos sacrifícios de animais em arenas da Idade Média. Embora de outras formas, hoje animais continuam morrendo também pelo esporte humano e em nome dele.
O tempo passou mas os humanos não evoluíram; evoluiu, sim, o grau de refinamento da maldade, que agora é chamada de “científica”. A morte de uma ovelha para trazer sorte, por outro lado, nada tem de científico e retrata o atraso imperdoável da decadente ou estagnada raça humana.
Por fim, é oportuno lembrar que a presença da crueldade animal em campos de futebol se faz notar de modo eminente em qualquer jogo, pois o couro de animais está em elementos básicos desse esporte que são as chuteiras e calçados dos jogadores, assim como nas bolas utilizadas em todas as modalidades de futebol (“soccer” ou “football”), brasileiro ou americano.
Se formos um pouco mais além, podemos afirmar que o futebol é um esporte extremamente super avaliado; em termos de recursos financeiros para se pagar times e jogadores, estádios e campeonatos, as cifras devem ultrapassar facilmente os trilhões de dólares no mundo, recurso este que advém de empresas, governos e contribuintes e faz falta para matar a fome e salvar a vida de, quem sabe, igualmente trilhões de animais humanos e não-humanos.
Salve a alienação humana!