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Levar cães à praia aumenta riscos de verme do coração

28 de maio de 2018
3 min. de leitura
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Quem adora praia, não quer deixar o amigo de fora dessa. Por isso, muitos levam seus cães para curtir o calor em praias em que a entrada de animais é permitida. Mas, antes de arrumar as malas, saiba que a temporada de férias e calor é um período de alerta para tutores de cães que frequentam as regiões litorâneas.

Reprodução | Pixabay

O perigo de aproveitar areia e mar com os animais é que praias e áreas com muita mata apresentam maior probabilidade de parasitismo pelo verme do coração. A doença é transmitida pela picada de mosquitos infectados pelo verme e afeta o coração dos animais, podendo levá-los a óbito se não for tratada corretamente.

Por ser uma doença vetorial, de difícil diagnóstico e com sintomas discretos nas fases iniciais, a prevenção é a melhor forma de proteger os cães durante as viagens para áreas de risco. “A prevenção pode ser feita com o uso de vermífugos específicos, capazes de eliminar as microfilárias, que são as larvas iniciais do verme do coração, e com repelentes que evitem a picada do mosquito”, explica Ricardo Cabral, veterinário da Virbac, empresa dedicada à saúde animal.

Ele ainda orienta que a prevenção não deve ser apenas algo pontual. “A indicação da American Heartworm Society (AHS) é que a prevenção seja constante desde antes de oito semanas de vida do animal. Não é recomendável fazer a prevenção apenas quando levar o animal ao litoral, pois o risco de o tutor esquecer de aplicar a medicação é grande”, ressalta Ricardo.

Sintomas e tratamento

Durante as primeiras fases da doença, que correspondem a até dois meses depois da infecção, o animal pode não apresentar nenhum sintoma. O verme passa a migrar da pele para o coração durante o período de dois a quatro meses e se instala do lado direito do órgão, ocasionando lesões locais. Depois desse período, as larvas caem na circulação sanguínea e chegam aos vasos pulmonares. Nessa fase, alguns animais podem apresentar sintomas discretos, como falta de apetite, apatia e tosse.

Nos meses seguintes, caso a doença não seja tratada, os vermes crescem e migram para artérias maiores e câmaras cardíacas, onde causam lesões nos vasos e intensificação dos sintomas. Tosse persistente, dificuldade em respirar, língua azulada, intolerância ao exercício, falta de ar e desmaios podem se tornar frequentes.

Na fase inicial da doença, os animais podem apresentar sintomas discretos, como falta de apetite, apatia e tosse (Reprodução | Pet Cidade)

Com vermes adultos no coração, o animal pode apresentar sinais ainda mais graves, como distensão e aumento de volume abdominal, além de lesões em outros órgãos, como rins e fígado. Pode levar um total de sete a nove meses até que os vermes atinjam a idade adulta e se reproduzam, liberando novas microfilárias na circulação.

O diagnóstico da doença é feito por meio de exames de sangue e outros laboratoriais. Já o tratamento consiste na aplicação de medicamentos orais ou injetáveis nos estágios menos avançados, quando os vermes ainda não estão no coração. “Nos estágios mais avançados, quando vermes adultos já estão presentes nas câmaras cardíacas, sinais de doenças do coração podem se desenvolver. Nesses casos, é recomendável estabilizar o animal antes de iniciar o tratamento capaz de eliminar essas formas adultas dos vermes”, conclui Ricardo Cabral.

Fonte: Pet Cidade

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