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ESTRATÉGIA

Leões-marinhos assustados mergulham na água para se proteger de forte terremoto 

Reação instintiva dos leões-marinhos mostra como abalos sísmicos podem desencadear respostas coletivas de sobrevivência na vida selvagem

30 de julho de 2025
Júlia Zanluchi
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução

Um forte terremoto que atingiu a Península de Kamchatka, na Rússia, hoje (30/07), fez com que um grupo de leões-marinhos mergulhasse nas águas próximas em busca de segurança, como mostra um vídeo.

As imagens, gravadas por um turista, mostram pelo menos 30 leões-marinhos saltando de penhascos em direção às ondas para se protegerem enquanto um terremoto de magnitude 8,8 atingia a ilha de Antsiferov.

A ilha afetada pelo terremoto abriga leões-marinhos-de-Steller, os maiores membros da família Otariidae, que inclui os “pinípedes orelhudos”, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA Fisheries). A espécie recebeu esse nome em homenagem ao cirurgião e naturalista alemão Georg Wilhelm Steller, que a descreveu em 1742, segundo a NOAA Fisheries.

Esses animais são encontrados principalmente ao longo do Oceano Pacífico Norte, desde o norte de Hokkaido, no Japão, até as Ilhas Curilas e o Mar de Okhotsk. Eles também habitam as Ilhas Aleutas, o Mar de Bering, a costa sul do Alasca e partes da Califórnia.

Os machos adultos são muito maiores que as fêmeas, segundo a agência. Eles podem atingir até 3,3 metros de comprimento e pesar até uma tonelada, enquanto as fêmeas adultas medem entre 2,3 e 2,9 metros e pesam até 360 quilos.

Eles se alimentam principalmente à noite e consomem mais de 100 espécies de peixes, incluindo cavala, bacalhau-do-pacífico, salmão, linguado e outros. Podem forragear tanto perto da costa como em águas mais profundas e viajam longas distâncias em uma única temporada.

Perturbações e seu impacto nos leões-marinhos

Segundo a NOAA Fisheries, os leões-marinhos precisam de “habitats terrestres tranquilos para descansar, trocar de pele, socializar, acasalar, dar à luz e amamentar os filhotes durante a época de reprodução”.

A agência também afirmou que os leões-marinhos-de-Steller já foram perturbados no passado por barcos a motor, caiaques, pranchas de stand-up paddle e outras embarcações, além de aeronaves que se aproximam.

“Perturbações em locais de descanso terrestre podem fazer com que os animais fujam em direção à água, causando debandadas em massa, durante as quais filhotes e jovens podem ser feridos ou mortos ao serem esmagados pelos adultos”, explicou a NOAA. “O distúrbio também pode fazer com que os leões-marinhos saltem de rochas íngremes ou penhascos, causando ferimentos ou morte.”

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