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Leões africanos são mortos para produção de falsos medicamentos

2 de agosto de 2014
2 min. de leitura
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(da Redação)

Foto: Avaaz
Foto: Avaaz

Centenas de leões estão sendo mortos na África do Sul para a fabricação de falsas poções sexuais masculinas. A organização internacional Avaaz – cujo nome significa “voz” em alguns idiomas – está tentando impedir esse comércio cruel, utilizando a estratégia de abordar o governo no que lhe é mais caro – a indústria do turismo.

Segundo a organização, a proibição global do comércio de ossos de tigres fez com que os caçadores passassem a buscar um novo alvo – os leões. Conforme recentemente publicado pela ANDA, leões têm sido criados em fazendas sob condições deploráveis na África do Sul para a prática da caça chamada “canned hunting” (“caça enlatada”), na qual turistas ricos pagam milhares de dólares para atirar nos leões através de cercas. Após matar os animais, esses turistas levam para casa as suas cabeças ou partes de seus corpos, para exibir como “troféus”.

Agora, especialistas afirmam que os ossos desses leões mortos estão sendo exportados para falsos produtores de remédios na Ásia por preços recordes. Esse comércio está “explodindo”, de acordo com a Avaaz, e os especialistas temem que a ascensão dos preços provoque a caça até mesmo dos leões selvagens – que são somente 20 mil restantes na África.

A Avaaz pretende mostrar ao Presidente Zuma que a matança está prejudicando a imagem da África do Sul como destino turístico, para que ele proíba a comercialização dos ossos de leões. A organização colocou anúncios de impacto em aeroportos, sites de turismo e revistas, e também busca obter 2 milhões de assinaturas em uma petição como reforço à campanha.

O comércio de ossos de tigre para a fabricação de medicamentos praticamente levou os esses felinos à extinção e foi proibido após manifestação internacional massiva. A menos que os governos ajam imediatamente, os leões podem ser os próximos da fila – depois dos tigres e rinocerontes – a encarar a extinção.

O país é atualmente o maior exportador dos chamados “troféus de caça”, e de ossos e órgãos de leões – e também é o único país africano que cria leões ativamente e em grande número para suprir a caça de luxo. A Avaaz argumenta que, se a exposição de tal prática afetar a indústria turística sul africana em franca expansão, espantando visitantes, o presidente Zuma pode se ver forçado a agir.

Assine a petição para ajudar os leões.

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