O último inquérito canino realizado em Lucélia registrou 434 casos de leishmaniose. Do montante total, 12 foram parar na Justiça após os tutores recusarem entregar os animais diagnosticados com a doença e também, por não aceitarem o exame oferecido pela Prefeitura.
De acordo com a diretora da Vigilância Sanitária do Controle de Vetores e Zoonoses, Rosimar Gasparotto Lopes, a Justiça determinou que todos fizessem os testes. “ Cinco tutores ainda não realizaram o procedimento. O morador precisa se comprometer em não deixar o mosquito nascer, a população deve ajudar porque não conseguimos evitar a transmissão de outra forma”.
O inquérito canino é feito uma vez por ano no município, por meio dos agentes do centro de zoonoses, que passam nas casas colhendo sangue dos animais para análise. Conforme o órgão, de maio de 2013 até fevereiro deste ano, mais de duas mil coletas foram realizadas. Dos 434 diagnósticos positivos da doença, 347 foram eutanasiados e 60 morreram devido à doença.
Duas pessoas foram diagnosticadas no município neste ano, todos os casos na Vila Rancharia. Conforme o centro de zoonoses, desde 2005, a cidade registrou 30 casos da doença e uma morte.
Mesmo com tantos casos registrados, a opinião dos moradores se divide ao falar sobre eutanásia (sic). Para o funcionário Rafael Fernandes, a solução é a entrega do animal. “Se fosse detectado esse tipo de doença, eu entregaria meu animal”.
O exame deixa dúvidas para o aposentado Elpídio de Latorre. “Não entregaria meu cachorro não”.
Fonte: G1