A Câmara de Vereadores de Vitória, no Espírito Santo, aprovou um projeto de lei, de autoria do vereador Fabrício Gandini (PPS), que proíbe o uso de agrotóxicos à base de neonicotinoide no município. O produto é o que mais mata abelhas.
Sancionada pelo prefeito, a lei foi publicada no Diário Oficial. De acordo com o parlamentar autor da proposta, o objeto é proteger as abelhas, impedindo que elas sejam mortas, já que os agrotóxicos feitos a partir de neonicotinoide são extremamente letais para as colônias.
O inseticida é o mais usado em todo o mundo. Nações membros da União Europeia, no entanto, já proibiram o uso desse veneno no início de 2018.
De acordo com um estudo, as abelhas estão ficando viciadas no neonicotinóide, que pertence a uma classe de inseticida derivada da nicotina. “Eles descobriram que, embora as abelhas preferissem o alimento livre de pesticidas no início, com o tempo elas se alimentaram mais, exatamente, da comida com pesticidas”, afirma o estudo produzido por uma equipe da Imperial College London e da Queen Mary University, ambas instituições britânicas.
Ainda de acordo com a pesquisa, as abelhas procuravam alimentos com pesticidas mesmo quando as posições dos comedouros eram alteradas, o que segure que elas conseguem detectar o pesticida nos alimentos.
Nota da Redação: a ANDA é contra experimentos feitos com animais, como o citado na matéria que resultou no estudo sobre as abelhas, por entender que não há justificativa para causar sofrimento desnecessário aos animais, submetendo-os ao risco de contaminação por doenças e até morte.