(da Redação)
Um projeto de lei “ag-gag” submetido a legisladores na Carolina do Norte, o último estado dos EUA a considerar um projeto de lei de seu tipo em 2013, não conseguiu passar, marcando uma vitória significativa para os defensores dos animais no estado. O projeto, que iria proibir filmagens secretas e fotografias em fazendas industriais e matadouros, será ouvido novamente pelos legisladores em poucas semanas, mas está engavetado por enquanto. As informações são do The Dodo.
As chamadas leis “ag-gag” estão se espalhando por vários estados dos EUA, graças a grandes empurrões da indústria pecuária nos últimos anos. Enquanto os defensores dos animais afirmam que as autoridades estão permitindo que os abusos aos animais não sejam denunciados, essa é também uma questão fundamental de direitos. Essencialmente, as leis podem punir jornalistas por fazerem o seu trabalho. Algumas leis permitem classificar denunciantes dos direitos dos animais como terroristas.
Existem inúmeras investigações marcantes em fazendas industriais que têm desvelado a crueldade na indústria. Com a presença de leis “ag-gag”, essas denúncias cruciais nunca teriam sido feitas.
O grupo ativista de direitos animais Mercy for Animals expôs abusos horríveis em fazendas da Carolina do Norte no passado recente, o que não teria sido possível se a legislação proposta já tivesse passado. O grupo realizou três investigações sigilosas em várias fazendas de criação de peru da Butterball na Carolina do Norte, mostrando os funcionários jogando, chutando e batendo em animais vivos.
Você pode ver a exposição abaixo – as imagens são fortes e perturbadoras.
Ainda mais preocupante é que a mais recente investigação na pecuária industrial do Estado, realizada pelo grupo Compassion Over Killing, ocorreu em um fornecedor da Pilgrim – a segunda maior “abatedora” de frangos do mundo. Entre as várias imagens perturbadoras está a filmagem de aves sendo enterradas vivas em poços ao ar livre e deixadas para morrer.