Uma vaca reagiu a uma tentativa de estupro e acertou um trabalhador rural com um coice. O homem de 45 anos foi encontrado sem vida com após tentar abusar sexualmente de uma vaca em uma fazenda em Laje da Jibóia, Samambaia, no Distrito Federal, na última quarta-feira (08). O caso, além de trágico, reforça a urgência de se combater a exploração e a violência contra animais, que são seres sencientes, capazes de sentir dor, medo e até desenvolver laços sociais.
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o homem morava e trabalhava na fazenda, onde havia consumido bebidas alcoólicas no dia anterior. Na manhã seguinte, por volta das 5h, ele se dirigiu ao curral para ordenhar as duas vacas leiteiras da propriedade. Após entregar o leite ao patrão e tomar café da manhã, ele retornou ao curral, mas não voltou no horário esperado, o que despertou a preocupação dos colegas.
Por volta das 6h35, o homem foi encontrado desacordado ao lado de uma das vacas, com um preservativo no órgão genital e sinais de ausência de batimentos cardíacos. Apesar das tentativas de reanimação realizadas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ele não resistiu, e seu óbito foi constatado no local. A 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia Sul) investiga o ocorrido.
Este episódio lamentável é um exemplo extremo de abuso contra animais, prática que frequentemente passa despercebida ou é subnotificada. Vacas, como outros animais, possuem capacidades cognitivas e emocionais que muitas vezes são subestimadas. Estudos indicam que esses animais são capazes de formar vínculos com seus filhotes, reconhecer rostos familiares e demonstrar comportamentos de empatia.
Ainda assim, a exploração sistemática que sofrem em atividades como a pecuária e a produção de leite contribui para a normalização de práticas abusivas e, em casos extremos, para situações de violência direta.
A morte do trabalhador expõe não apenas as consequências de um ato violento, mas também a necessidade de reconhecer que vacas e outros animais são seres sensíveis que merecem respeito, cuidado e proteção. Respeitar suas vidas é um passo fundamental rumo a uma sociedade mais ética e compassiva.