O leão Simba, que vivia aprisionado em um zoológico em Zaporizhzhia Oblast, na Ucrânia, foi resgatado por dois ativistas britânicos e em breve será enviado para o seu habitat, a África do Sul. Além dele, um lobo chamado Akela também foi salvo e será solto em uma região de mata na Transilvânia, na Romênia, após um período de quarentena e adaptabilidade.
O objetivo de Tim Locks e Jonathan Weaving não era apenas retirar os animais em cativeiro ameaçados por bombardeios, mas devolvê-los à natureza e não esperar a volta dos tempos de paz para devolvê-los aos seus algozes que os deixaram em situação de vulnerabilidade. Os animais foram alocados na traseira de um Ford Transit e enfrentaram uma viagem de mais de 4,1 mil km.
O zoo de Zaporizhzhia Oblast fica a apenas 20 km da linha de frente com as tropas de Moscou no sudeste e corria risco iminente de ser bombardeado a qualquer momento. O leão e o lobo passarão por um período de quarentena em um zoo da Romênia antes de serem libertos. “Foi contra as probabilidades, pois os especialistas nos disseram que não era possível”, afirmou a dupla.
E completam: “Acabou sendo possível e estamos felizes que tivemos uma chance e um resultado positivo. Estamos ansiosos para ouvir sobre os animais terem um lar permanente. Há planos para o leão ir para uma reserva natural na África do Sul depois de ficar em quarentena por 28 dias. O lobo será solto em um lugar chamado Brasov”, disse em entrevista ao Metro.
Tim tem uma larga esperiência em segurança e combate e já lutou contra o ISIS no Iraque depois de se voluntariar para as forças curdas Peshmerga em 2015. Ele estava ajudando na promoção de uma campanha em prol dos refugiados ucranianos quando recebeu a informação de que o leão e o lobo estavam presos em um zoo particular. Ele chamou Jonathan e rapidamente partiram para Zaporizhzhia.
Ele acredita que os animais, que já sofriam com a falta de suprimentos, não sobreviveriam se não fossem resgatados emergencialmente. Tim e Jonathan precisaram negociar com agentes de controles de fronteiras e enfrentar desafios burocráticos para usar guindastes e gaiolas para carregar e descarregar os animais selvagens em segurança.
A retirada dos animais demorou cerca de cinco dias. Agora, que Simba e Alaska estão em segurança, os ativistas estão recebendo várias mensagens pedindo o resgate de outros animais selvagens em situação de vulnerabilidade. Os britânicos estão montando estratégias para ajudar o máximo de animais possíveis nos próximos dias.