Um leão que vivia cativo e era explorado para a produção de vídeos, fotos e eventos foi salvo por autoridades do Camboja após internautas denunciarem a circulação de imagens com um leão desfigurado com a as garras arrancadas na rede social TikTok. Policiais conseguiram rastrear a origem dos vídeos na cidade de Phnom Penh e identificou o responsável pelo animal, um chinês.
O leão começou a aparecer em vídeos em abril. O animal selvagem foi exportado da África e tinha apenas 18 meses de vida. A operação de resgate contou com o apoio da organização internacional Wildlife Alliance que classificou o local onde o leão era mantido cativo como “totalmente inadequado para um animal selvagem”. Além de ter as garras removidas, o animal também não tinha as presas.
Frequentemente, o guardião do animal estimulava brincadeiras entre o leão e um cachorrinho. Internautas acreditam que o homem estava incentivando que o animal selvagem cedesse ao seu instinto e atacasse o cão para entreter os seguidores do TikTok. “As pessoas não têm o direito de criar animais selvagens raros como animais doméstico”, disse a Wildlife Alliance.
Agora, o leão receberá avaliação veterinária e depois será encaminhado para um Centro de Resgate da Vida Selvagem de Phnom Tamao. Em razão das mutilações, ele nunca mais poderá ser devolvido ao seu habitat. Não há informações sobre quais punições o chinês responsável por escravizar e explorar o animal receberá.