Um leão-marinho foi encontrado na Praia da Guarita, em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. O animal foi localizado na areia por volta das 10h pelo autônomo Derli Betim Furquim, 55 anos, que passeava pelo Morro da Guarita com o filho.
“Eu avistei os urubus entre os dois morros e nos deslocamos até lá embaixo, foi quando encontramos o animal”, conta. Segundo o homem, o leão-marinho apresentava ferimentos e tinha um sangramento em um dos olhos. Por isso, ele resolveu colocar água mineral no machucado.
O Pelotão Ambiental da Brigada Militar e o Ibama foram contatados pelo filho de Furquim, Erly Furquim. Ambos os órgãos informaram que não tinham disponibilidade de ir até o local.
Ao G1, Pelotão Ambiental informou que estava em atendimento em Três Cachoeiras e, por isso, foi acionado o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO).
O fiscal do órgão Jair Silveira da Silva informou que uma equipe foi no local por volta do meio-dia. A área foi isolada e o animal estava sendo monitorado por um funcionário do Parque da Guarita. No final da tarde, uma equipe do ICMBIO deve voltar ao local para verificar a situação do leão-marinho.
“Vamos seguir monitorando durante o final de semana. Ele estava bastante debilitado. Se não se recuperar, vamos acionar o Ceclimar [Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos]”, diz Jair Silveira da Silva.
Após ver imagens do animal, o biólogo do Ceclimar, Ignácio Moreno, disse ao G1 que, a princípio, o leão-marinho não precisava ser encaminhado para reabilitação.
“Ele realmente está magro, debilitado, mas não apresenta ferimentos nas imagens, que não estão em boa qualidade. Aqui temos um hospital e, caso ele venha para cá, pode trazer doenças para outros animais. É um caso de seleção natural. Como é um animal grande, tem que ser avaliado”, explica.
“Talvez ele precise apenas se recuperar para voltar para o mar”, completa.
O biólogo recomenda que as pessoas não se aproximem do leão-marinho e também não ofereçam comida.
Fonte: G1