Um leão chamado Zeus foi executado a tiros neste domingo (06/07) após escapar de um zoológico na Turquia e reagir a um trabalhador rural. Mais uma vez, um animal retirado à força da natureza e mantido aprisionado pagou com a vida por um erro de terceiros.
Zeus vivia no zoológico Terra dos Leões, um parque que explora cerca de 30 grandes felinos aprisionados. Na noite de domingo, ele conseguiu escapar do cativeiro e, em meio ao desespero, reagiu à Suleiman Kir, um agricultor que dormia em um campo de pistaches e sobreviveu.
Horas depois, Zeus foi assassinado pelas autoridades, sob a justificativa de que ele “representava perigo”.
Zeus não escolheu nascer e viver aprisionado. Ele foi explorado como atração turística e tentava fugir da vida em cativeiro e não tinha para onde ir.
Sequer houve tentativa de recaptura não letal para levá-lo para um ambiente seguro, como um santuário. As autoridades simplesmente optaram por matá-lo friamente, como se o leão fosse um “problema” a ser eliminado, e não uma vítima do próprio sistema que o prendeu.
Zeus foi assassinado duas vezes: primeiro, quando foi privado de sua liberdade; depois, quando foi morto por agir como um animal livre, longe de seu habitat.
Leões não são atrações turísticas ou de zoológicos. São seres sencientes, com direito à liberdade e à vida. Enquanto parques como o “Terra dos Leões” existirem, histórias como a de Zeus se repetirão.