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Largue a chupeta alimentar e bem-vindo à idade adulta

10 de outubro de 2014
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081014 desob

* Tem gente que passa a vida inteira fazendo a mesma coisa. Porque foi o pai que ensinou.
É como aquele que, em meio à miséria, insiste em votar no ‘empresário’. As minorias votam nos dominadores.
* Nestas eleições, os menos votados foram as mulheres, vejam a lista de deputados federais e estaduais. Olhe na última fila. Vergonha. Ninguém votou em quem faz trabalho voluntário. Só tem homem no poder, com poucas exceções, ainda. A maioria dos eleitores são mulheres. E o cenário continua igual, apesar de todas as manifestações deste ano. Depois, Copa e comida. Com carne.
* Tudo foi enchimento para linguiças, vazias, existenciais? Por que não largar chupetas, fraldas e mitos?
* Quem se importa com animais um dia descobre que os explora. E, não me espanto, há quem siga no mesmo ritmo, racionalizando. Já ouvi a mesma frase como desculpa para um e incentivo para outro.
* Ser vegano é possível para todas as camadas sociais. Porque o veganismo não é só pelos animais. Mas quem quer tentar? Quem se arrisca a mudar seu conforto, seu vício idiota?
* E segue uma infinidade de danos praticados, toneladas de derivados de animais (queijo, leite, ovos, traços, mel, etc) que são deglutidas por pessoas que não ligaram neurônios e conexões. Continuam a torturar animais e matá-los, por fim.
* É um monte de ‘veganos’ brigando como crianças que não largaram a chupeta, porque uma marca fez uma bolachinha recheada que virou até ‘meme’, por causa da lenda de que é vegana. Ela não é vegana. Ela é uma droga de um biscoito testado em animais, com traços de derivados de animais. Traços que você, pseudovegan, racionaliza como sempre racionalizou quando comia carne, tomava leite, achava normal roubar ovos, e hoje acha que é ‘zero vírgula zero’ o conter traços, e esquece das questões políticas de nossas atitudes e que, se pesquisar bem, não é zero coisa nenhuma. Alguns produtos, como macarrão instantâneo, têm traços de caranguejos, ostras e frutos do mar, mas para os tais pseudoveganos não importa.
* Se existem opções veganas e sem traços, por que então buscar lá, no sistema viciado onde você cresceu, o seu ‘bico’, a sua chupeta?
* O mesmo natureba que tem dor na consciência e por isso fica te enchendo o saco com papo sobre comida ‘saudável’, ‘a doença do supermercado’, depois é visto chorando o iogurte estragado que havia consumido no super. Não raro, acende um cigarro. Presenciei isso, dias atrás.
* O veganismo acabou atraindo gente que não tem coragem de peitar o controle social, que é um vigia poderoso.
* Na frente de redes sociais inúteis e imbecilizantes, o mesmo sujeito que se considera vegan é visto depois comendo coisas não veganas, ou até comendo carne.
* E o curioso é que, há poucos anos, dizer-se vegano era motivo de riso.
* Não basta ser vegano ‘entre as refeições’.
* O indivíduo não pensa em amadurecer, só parecer.
* Quem não quer ser ativista não deveria disseminar mitos e lendas pela Internet. Não precisa justificar o uso de sua chupeta alimentar.
* O sem-noção-ativista aparece posando na frente de cartazes com bolsa de couro, e fala que é da ALF. Resulta para a causa um efeito pequeno, nulo ou zero, quando não regressivo.
* Comer é algo que se faz ao longo da vida, várias vezes ao dia. O maior ato de ativismo em favor dos animais é parar de comer animais e seus derivados. De outra forma, não existe ajuda aos animais. Apenas existe sustentação de vícios, bicos invisíveis que não queremos largar.
* Aqui o assunto é sobre quem se propõe a ser algo e não se aplicou a sê-lo. É sobre quem ‘diz que faz’. Quem sai na rua com bandeira, mas não sabe o que carrega.
* Se queres ser bom, não se justifique. Não é fácil largar vícios, nem os assumir. Mas mais triste é apoiar nossos problemas em cima de inocentes, que não terão tempo de saber se foram ou não ajudados – porque essa ditadura de tortura já os subtraiu.
* Pense de forma politizada, pelo menos uma vez.

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