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Lares temporários resgatam cães da rua e vítimas de maus-tratos em MG

22 de julho de 2015
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Para ajudar os animais que estão nas ruas de Poços de Caldas (MG), muitas pessoas se mobilizam para a criação de lares temporários, a fim de abrigar os animais até que eles sejam adotados. Nestas casas, o que não falta para os animais vítimas de maus-tratos e abandonados é amor.
Um exemplo é a história da cadelinha SRD Nica, que não tinha abrigo e vivia nas ruas até ser atropelada. Depois disso, foi resgatada pela auxiliar de escritório Thaís Bastos de Assis. “A pessoa que atropelou simplesmente ignorou e foi embora, então um primo meu me ligou, contando a história e eu estou cuidando dela”, disse.
Por enquanto, a cadelinha está com ela, mas não vai ficar definitivamente. Ela é uma das pessoas parceiras das associações de animais, que abrem a casa para lar temporário. No entanto, a Nica não é a primeira a morar na casa.
“Nós já temos vários cães nesse esquema e entre idas e vindas, alguns ficaram definitivamente. A gente quer ter perto porque cuidamos, né? E o olharzinho do cachorro abrigado não tem igual, é o melhor”, acrescentou Thaís.
No entanto, achar novos tutores para os cães não é uma tarefa fácil. Alguns passam anos à espera de uma família. A internet se tornou uma aliada na campanha e faz com que os animais fiquem conhecidos.
Quem conta mais sobre isso é a advogada Cristiane Benelli de Souza, que já chegou a abrigar 50 cães de uma vez e conseguiu casa para a maioria deles. Alguns ficaram com ela, como é o caso do Hollifiel, que não tem este nome à toa.
“Ele se envolveu em uma briga com outro cachorro por causa de uma fêmea no cio e essa fêmea arrancou a orelha dele. Eu trouxe para casa, fiquei com ele por um mês até a orelha cicatrizar e depois não consegui mais doar”, revelou.
Isso ocorre porque nos lares temporários os cachorros ficam protegidos e os donos temporários cumprem o papel de ‘mãe’ dos animais, como a dona de casa Glaucia Regina Miyahara. Ela cuida de filhotinhos achados na rua em uma caixa de sapatos. Para que sobrevivam, ela alimenta um por um com uma mamadeira.
“Tem que se dedicar, acordar várias vezes a noite, trocar a cobertinha, dar a mamadeira. É uma vida, eles tem sentimentos, dores, tudo. Eu quero deixar esse recado para as pessoas, que se um cãozinho de raça pode dar amor, o SRD pode dar até em dobro”, destacou.
Fonte: G1

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