Um laço ou fita amarela amarrado à coleira de um cachorro pode parecer apenas um enfeite, mas tem um significado importante. Trata-se de um aviso silencioso de que o animal precisa de espaço. A iniciativa, conhecida como Yellow Dog Project, surgiu no Canadá e se espalhou por diversos países, inclusive o Brasil.
A campanha tem como objetivo alertar o público de que aquele cão, por algum motivo, não deve ser abordado sem cuidado. Entre os motivos mais comuns estão: medo de estranhos, recuperação de procedimentos médicos, idade avançada, comportamento reativo, treinamento ou histórico de traumas.
“Não significa que o cão é agressivo, mas que ele precisa de distância por razões específicas”, explicam apoiadores do projeto.
Convivência urbana mais segura
Com o aumento do número de cães nas áreas urbanas e o uso cada vez mais frequente de espaços públicos compartilhados, o laço amarelo funciona como um recurso de convivência respeitosa, tanto com outros animais quanto com seres humanos. A fita permite que tutores comuniquem de forma clara que o cão não está confortável com aproximações bruscas — principalmente de desconhecidos ou de outras crianças e animais.
A campanha também busca conscientizar pais e responsáveis, orientando que crianças sejam ensinadas a não se aproximar de qualquer animal sem antes consultar o tutor. A fita amarela pode evitar situações de estresse ou até incidentes que poderiam ser interpretados erroneamente como agressividade.
Como agir ao ver um cão com laço amarelo?
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Não se aproxime sem permissão.
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Evite contato físico com o cão.
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Oriente crianças a respeitarem a distância.
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Se estiver com outro cão, mantenha espaço seguro entre os dois.
O laço amarelo não é moda, nem capricho: é um instrumento de comunicação e proteção. Seu uso está se tornando cada vez mais comum em clínicas veterinárias, parques e pet shops, mas ainda precisa de maior divulgação para ser plenamente compreendido.
Educação e empatia
O Yellow Dog Project reforça uma ideia simples, mas poderosa: cada animal é único, com seus próprios limites, histórias e necessidades. Em vez de forçar interações, é preciso respeitar os sinais — mesmo aqueles silenciosos.
Mais do que um alerta, o laço amarelo é um convite à empatia. Afinal, respeitar os cães também é respeitar o direito ao bem-estar animal.