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Labradores que viviam em condições terríveis são resgatados de criadouro

30 de novembro de 2017
3 min. de leitura
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Quarenta e oito cães da raça labrador, sendo 35 adultos e 13 filhotes, foram resgatados de um criadouro em Nova York, nos Estados Unidos. A ação foi uma parceria entre a ASPCA e a The Animal Humane Society – ambas organizações de proteção animal.

(Foto: SPCA)

Os cães foram encontrados em terríveis condições de vida. “Eles estavam vivendo dentro de uma casa, em caixas de transporte sujas e pequenas, sem qualquer acesso a água ou comida”, contou a diretora da ASPCA, Kathryn Destreza. As entidades souberam da negligência imposta aos cachorros por meio de uma denúncia feita por um vizinho do criadouro.

“O que descobrimos é que, claramente, aquilo não era apropriado para cães. Os cachorros são vendidos por dinheiro, mas poucas pessoas sabem que seus pais muitas vezes são mantidos lá por anos. São forçados a reproduzir sem parar e a viver em condições indignas, sem possibilidade de socialização, o que leva a uma qualidade de vida lamentável”, disse a diretora.

(Foto: SPCA)

A The Animal Humane Society afirmou estar acostumada a lidar com casos assim, devido ao alto número de maus-tratos promovidos por criadores de animais que os exploram para venda. “Nós temos a experiência e a capacidade de cuidar de um grande número de animais. Bem como o conhecimento médico e comportamental necessário para fornecer atendimento especializado a esses animais pobres e vulneráveis”, afirmou.

Locais que funcionam como verdadeiras fábricas de cães, tratando cadelas como máquinas reprodutoras, impedindo-as de descansar ao forçá-las a engravidar em todo o cio, são comuns. Não fornecer atendimento veterinário, manter animais aprisionados e condená-los a vidas miseráveis são práticas frequentes nos criadouros. E o Brasil também não fica de fora dessa realidade. Inúmeros casos de maus-tratos a animais de raça explorados em prol do lucro já foram registrados no país, sem contar os que não foram ainda descobertos.

(Foto: SPCA)

Não só pela negligência, mas também pelo fato de que animais são vidas e, por isso, não devem ser tratadas como mercadorias passíveis de venda, é preciso que a sociedade se conscientize a respeito da necessidade de optar pela adoção e, em hipótese alguma, decidir comprar um animal. Isso porque mesmo ao comprar de um criador supostamente responsável, que não esteja envolvido com maus-tratos, o ato da compra estará incentivando a existência do comércio de animais e nele não há apenas criadores sérios, pelo contrário, há uma enorme incidência de crimes contra a dignidade e a vida animal. Sendo assim, mesmo comprando, por exemplo, um cachorro, de um criador que não negligencie os cães criados por ele, o comprador estará contribuindo para que casos de maus-tratos contra cachorros permaneçam existindo, já que enquanto houver pessoas tratando animais como mercadorias ao vendê-los, haverá maus-tratos.

A crueldade cometida contra os labradores no criadouro de Nova York será julgada na Justiça. Os cães salvos serão usados como evidência contra os criadores.

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