Por Natalia Cesana (da Redação)
A cadeia de laboratórios Harlan, no Reino Unido, que cria e explora animais para serem utilizados em pesquisas médicas, proibiu manifestantes de usar roupas manchadas de vermelho, simbolizando sangue, segundo informou o jornal Cambridge-News.
A ordem judicial, anteriormente imposta, foi confirmada pela Suprema Corte esta semana, apesar de outras restrições aos manifestantes terem sido relaxadas.
Manifestações feitas pela Aliança Nacional Anti-Vivissecção (NAVA), com o apoio da entidade Pare com a Crueldade Animal em Huntingdon, começaram em abril e têm sido destacadas pelo uso de roupas manchadas de vermelho sangue, representando o massacre de animais.
Os protestos foram restringidos por uma ordem judicial no mês passado, só podendo ocorrer uma manifestação por semana, com o número máximo de 20 pessoas. Foi proibido também o uso de trajes manchados de vermelho, simbolizando sangue.
Tim Lawson-Cruttenden, da Harlon, disse em seu depoimento à juíza Nicole Davies que funcionários do laboratório têm que encarar os manifestantes manchados de ‘sangue’ e isso já está virando uma afronta. “Quando você usa roupas manchadas de sangue do lado de fora de uma empresa, nossa premissa é que você está chamando nossos funcionários de abusadores de animais”, disse Lawson-Cruttenden.
“O fato de mancharmos as roupas de vermelho representa que os Laboratórios Harlan estão envolvidos no massacre de animais e os mantêm para pesquisa médica”, disse Luke Steele, porta-voz da NAVA.
A juíza afirmou que a proibição será mantida até que uma audiência completa sobre o caso aconteça, em outubro. Entretanto, houve relaxamento de outras restrições: foi elevado o número máximo de participantes para 25 pessoas e estendida a duração dos protestos de duas para três horas. A juíza também concedeu permissão para que até 100 ativistas participem de um protesto em 27 de agosto, em Wyton Harlan.