É com profunda tristeza e indignação que noticiamos a morte de Kamea, uma orca de apenas 11 anos aprisionada em cativeiro no SeaWorld de San Antonio, nos Estados Unidos.

Sua morte não foi apenas precoce, foi consequência direta de uma vida inteira roubada da liberdade. Kamea nunca conheceu o oceano. Seu mundo foi reduzido, desde o nascimento, a um tanque de concreto, longe das correntes marinhas, do horizonte aberto e da convivência com sua espécie em ambiente natural.

Segundo o coletivo TideBreakers, Kamea era filha de pais que tiveram suas vidas também destruídas pelo cativeiro.

Sua mãe, Takara, passou décadas no SeaWorld, onde foi abusada para reprodução e exibição. Seu pai, Kshamenk, vive há mais de 30 anos isolado em um pequeno tanque no parque argentino Mundo Marino, sem contato com outras orcas.
Kamea jamais conheceu seu pai, mas herdou dele uma existência marcada por solidão e privação.

Como de costume, o SeaWorld não divulgou a real causa da morte. Limitou-se a informar que, “apesar dos esforços das equipes de cuidado animal e veterinária, Kamea sucumbiu à doença A falta de transparência em torno das mortes desses mamíferos marinhos em cativeiro é uma preocupação constante entre defensores do direitos animais.

A morte de Kamea é mais um exemplo devastador do preço cruel que pagam os seres sencientes e inteligentes aprisionados em tanques de concreto, explorados para divertir plateias imbecis. Orcas podem viver até os 80 anos na natureza e ela faleceu com apenas 11 anos.

Orcas são animais extremamente sociais, com vasta capacidade de locomoção, que sofrem profundamente em cativeiro, física, mental e emocionalmente. Na natureza, nadam até 160 quilômetros por dia, mergulham a profundidades incríveis e vivem em complexos grupos familiares. Em parques marinhos, sua existência é reduzida a piscinas rasas e apresentações forçadas.

SeaWorld é crueldade. Cada dia passado por esses animais em tanques é uma vida roubada. Chega de sofrimento! Esvaziem os tanques! Liberdade aos animais aprisionados!

Com informações de World Animal News.