Por Helena Barradas Sá (da Redação)
O consumo de gatos no “Festival de Curruñao” foi proibido pelo Juizado Civil Especializado de Cañete, região de Lima, no Peru. As informações são do Correo.
A juíza María Luyo Sánchez aceitou a medida cautelar apresentada pela Comissão de Estudos dos Direitos dos Animais do Colégio de Advogados de Lima, que pedia a suspensão desse costume, além da atividade denominada “corrida de gatos”.
Segunda a juíza, o consumo de gato é “um acontecimento que incentiva a violência, uma vez que se baseia em atos cruéis contra os animais e gera um grave dano social e riscos à saúde pública”.
A justiça local tomou essa decisão ao conhecer a impactante investigação sobre o consumo de gatos na região. Esse documento foi elaborado pelas organizações de defesa animal “Unidos por los Animales” (Unidos pelos animais) e “Acción Antiespecista” (Ação antiespecista).
No vídeo produzido pelas organizações, é possível observar a frieza com que narram o sacrifício dos gatos: eles são colocados em uma bolsa e submergidos em um tanque de água até que se afoguem. Também se veem imagens em que os animais são mantidos em jaulas muito pequenas durante um ano, sob péssimas condições de vida.
A Comissão de Estudos dos Direitos dos Animais apresentou uma ação contra o Festival de Curruñao, e a sentença será pronunciada nos próximos dias.
É importante ressaltar que as organizações de proteção animal que deram início à campanha a fim de proibir esse terrível costume conseguiram reunir mais de 60 mil assinaturas de cidadãos peruanos e estrangeiros que se opõem a este ato selvagem.
Também conseguiram alcançar e conscientizar personalidades e autoridades: a Ministra da Saúde Midori de Habich, o deputado José Urquizo e a intérprete oficial Susana Baca se pronunciaram contra o consumo do animal nas festividades locais.