Na tarde desta quinta-feira (20) o juiz federal Nazareno Reis decidiu suspender o sacrifício dos galos apreendidos em rinha na zona rural de Teresina no último final de semana.
De acordo com a decisão impede a devolução dos galos aos tutores e determina que o Ibama deverá estudar outras alternativas para que as aves sejam mantidas vivas.
Os animais não poderão ser sacrificados em um prazo de 30 dias, e permanecerão no pátio do Ibama. Após o período dado pelo juiz, o órgão deverá apresentar as alternativas para o caso.
A apreensão de 140 galos de briga virou polêmica, no Piauí. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) quer abater as aves, mas enfrenta a revolta de entidades de proteção aos animais e até dos criadores.
As aves são mantidas em um viveiro improvisado pelo Ibama. São 140 galos de briga que foram apreendidos em uma rinha na zona rural de Teresina. Muitos animais estão mutilados, cegos e com ferimentos na cabeça e no corpo.
Na rinha, os fiscais encontraram diversos tipos de medicamentos, antibióticos e anabolizantes que eram injetados nas aves.
Durante a operação, também foi apreendida carne de tatu. Uma parte já estava cozida e seria consumida pelos apostadores durante a competição.
Sem ter local adequado para manter os galos de briga por muito tempo, o Ibama tomou uma decisão que não se diferencia em nada do grau de violência praticada pelos rinheiros: simplesmente resolveu abater e incinerar todas as aves, causando aos animais sofrimento e tirando-lhes o direito à vida.
“Depois da apreensão e pela constatação pela equipe de veterinários do Ibama de que os animais consumiram anabolizantes e antibióticos, a intenção é levar a um matadouro credenciado pelo Ministério da Agricultura, fazer o abate e a incineração”, explicou Edimilson Rodrigues, coordenador de fiscalização do Ibama.
A Associação Piauiense de Proteção e Amor aos Animais reagiu à matança dos galos. A entidade defende a doação das aves para outros lugares, longe das rinhas.
Os responsáveis pelos animais, que haviam fugido durante a operação, reapareceram. Eles entraram na Justiça para receber as aves de volta, alegando que os galos não são usados em briga.
Com informações do G1 e de TV Canal 13