EnglishEspañolPortuguês

Justiça condena tutor de cachorro por maus-tratos após morte de animal

19 de agosto de 2015
2 min. de leitura
A-
A+

Cachorro Dez estava trancado em casa no Shangrilá e acabou morrendo após ser resgatado. Foto: ONG ComPaixão/Divulgação
Cachorro Dez estava trancado em casa no Shangrilá e acabou morrendo após ser resgatado. Foto: ONG ComPaixão/Divulgação

Ferimentos na perna contendo lavas, sem condições de se levantar, desnutrido e com parasitas pelo corpo. Foi assim que o cachorro Dez foi resgatado pelo Batalhão Ambiental e ONG ComPaixão Animal, no dia 1º de dezembro de 2014. A gravidade dos machucados, porém, levaram à morte do cão cinco dias depois vítima de uma parada cardíaca.
Passado oito meses do caso, a Justiça do Amazonas condenou o tutor do animal, Cláudio de Oliveira, de 44 anos. Sentenciado por maus-tratos doloso a animais silvestres ou domésticos, ou seja, quando há a intenção do ato, ele terá que prestar serviços à comunidade no Refúgio da Vida Silvestre Sauim Catanheira com a carga horária de oito horas semanais. A decisão aconteceu na manhã desta terça-feira (18), em audiência no Fórum Henoch Reis.
Resgate
Conforme uma das fundadoras da ComPaixão Animal, Saskya Canizo, o resgate aconteceu, por volta das 22h, após denúncia de que um cachorro estaria sofrendo maus-tratos em um terreno abandonado no bairro Shangrilá, no Parque 10. “Tínhamos a informação de que o animal vivia há meses ali e que o tutor ia vê-lo todo dia. Ou seja, ele sabia que o cachorro estava definhando no local”, contou.
Em parceria com o Batalhão Ambiental do Amazonas, a equipe da ONG pulou o muro do terreno, que estava trancado, para realizar o resgate. Depois, o animal foi levado ao veterinário para que Dez recebesse os cuidados necessários. Saskya disse que o cachorro aparentava estar sem comer nem beber água. “Ele era um Fila Brasileiro, um cachorro grande, mas estava pesando apenas 26 quilos”, afirmou. Dez morreu com uma parada cardíaca cinco dias após entrar na clínica.
Ainda conforme Canizo, o tutor do cachorro chegou a ir à clínica veterinária e afirmou que pagaria o tratamento do animal. Porém, Cláudio não transferiu o dinheiro, segundo informou a ONG. A equipe também não devolveu o cachorro com medo de que ele sofresse mais outra agressão.
Insatisfação
De acordo ainda com uma das fundadoras da ONG, a equipe não está satisfeita com a duração da pena regida. “Estamos felizes, pois de alguma forma ele vai pagar pelo que fez. Mas não estamos satisfeitos com a duração da pena mínima até porque o animal morreu. Queremos mais rigor e punições exemplares para não estimular esse tipo de agressão”, disse.
Fonte: D 24 AM

Você viu?

Ir para o topo