EnglishEspañolPortuguês

Juiz mantém cães maltratados sob guarda de protetores

22 de julho de 2015
2 min. de leitura
A-
A+

Dois dos oito cães na porta do canil clandestino aguardando o decisão do perito Flávio Lamas sobre as condições do local
Dois dos oito cães na porta do canil clandestino aguardando o decisão do perito Flávio Lamas sobre as condições do local

O canil clandestino onde oito cães de raça foram maltratados em Campinas não tem condições de receber os animais de volta. A constatação é do perito Flávio Lamas, que foi designado pelo juiz José Evandro Mello Costa, do Fórum Regional da Vila Mimosa. Lamas esteve no local na manhã de quarta-feira (22) e constatou que os animais não poderiam ficar no local. Os cães permanecerão sob a responsabilidade da protetora Marjorie Rodrigues, fundadora do grupo OperaCÃO Resgate.
Foi esse grupo que resgatou os cachorros e está cuidando deles desde o dia 5 de maio, quando a Guarda Municipal estourou o canil clandestino, que fica no Jardim Londres.

O grupo pedirá à Justiça a guarda dos animais. Entretanto, como ainda não é uma ONG estabelecida, a petição será feita em nome da ONG Adotar Campinas, que é parceira do OperaCÃO. O pedido será feito pelo advogado Geraldo Rocha Lemos do escritório Costa e Teixeira advogados na Vara Cível da Vila Mimosa.
O dono do canil é um estudante de medicina veterinária. Ele foi condenado por maus-tratos a pagar R$ 1.200 em cestas básicas. Entretanto, na audiência, realizada em 7 de julho, o juiz José Evandro Mello Costa ordenou que os animais fossem devolvidos ao algoz.
A constatação
Na noite de terça-feira (21), Mello Costa indicou o local e a hora onde os cães deveriam ser devolvidos: hoje às 12h no canil. Determinou a entrega, que deveria ser acompanhada pelo perito e por um oficial de Justiça.
Lamas entrou na casa e constatou a falta de condições para receber os cães. Citou, entre os exemplos, que os vidros do portão de entrada estão quebrados, e que ao invés de terem sido substituídos, foram colados com durex.
Os cachorros foram levados por integrantes do OperaCÃO Resgate, e apoiados por ativistas da causa – entre os quais, Mara ‘Beija-Flor’ Kiefer, do grupo 269 Life, e a médica Marlene Pitarello.
As protetoras esperaram no portão da casa, enquanto o perito entrou no local. Gritavam palavras de ordem contra os maus-tratos.
Cerca de 20 minutos depois, o perito e o oficial de Justiça saíram da casa. Lamas, então, informou a constatação dele: que o canil não teria como abrigar os animais. Mello Costa determinou na sequência que os pets seguissem com os protetores, que festejaram a decisão. Entretanto, cabe recurso, e o estudante de veterinária ainda pode recorrer do veredito.
Fonte: Correio Rac

Você viu?

Ir para o topo