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Jovens flagrados dançando funk sobre cavalo serão indiciados

10 de junho de 2013
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Os jovens flagrados em um vídeo dançando funk sobre um cavalo deitado serão indiciados por abuso contra animal, em pedido que deve ser encaminhado à Justiça na segunda-feira. O crime foi registrado no último dia três, em Bela Vista de Goiás, na região metropolitana de Goiânia, durante a abertura de uma exposição agropecuária. A divulgação das imagens causou comoção entre internautas, revoltados com o que foi feito ao animal imobilizado. Os jovens que participaram da ação alegaram à polícia ter ingerido bebida alcoólica naquele dia.

No vídeo, uma garota começa a dançar sobre o equino, que permanece imóvel sob ordens do tratador. Ela arrisca passos durante aproximadamente 20 segundos, depois desce e passa a alisar o cavalo. Em seguida, um homem faz apoios sobre o corpo do animal, que então se move. Depois disso, um jovem sem camisa também dança. O último a subir é o próprio vaqueiro responsável.

Além de participar, o adestrador também incentiva mais pessoas a subirem sobre o animal. O objetivo é mostrar como o cavalo é obediente, segundo informou ao Terra o delegado Luziano Severino de Carvalho, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema). Ele afirmou que as quatro pessoas que aparecem no vídeo serão indiciadas; além do registro de abuso, também haverá denúncia de maus-tratos por parte do tratador, que inseriu um cigarro nas narinas do equino, de acordo com o delegado.

“A polícia entende isso como um ato de abuso, que fere o princípio da razoabilidade. É absurdo: o Brasil nunca viu ninguém dançando em cima da barriga de um cavalo. Em Goiás, todos os casos (de abuso) estão sendo apurados com rigor”, disse Luziano.

O delegado informou que os jovens alegaram, durante depoimento, ter consumido bebida alcoólica antes de praticar o ato. Além desse caso, outras práticas que podem configurar abuso contra animal foram registradas na mesma exposição agropecuária, segundo o responsável pela Dema. Havia animais carregando mais de duas pessoas ao mesmo tempo, grupos de aproximadamente cinco participantes sendo levados por um só cavalo em carroças e pôneis sendo montados por pessoas obesas.

“Temos a cultura de que o animal é um coisa, um bem descartável. Enquanto o animal não for percebido como um bem ambiental, um ser, continuaremos tendo inúmeros problemas como esse no Brasil inteiro”, disse o delegado Luziano de Carvalho.

Fonte: Correio do Estado

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