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Jovem pretende atravessar Reino Unido de bicicleta por amor aos animais

1 de abril de 2010
3 min. de leitura
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Mil e setecentos quilômetros é a distância que Carlos Parreira está disposto a percorrer de bicicleta entre John O’ Groats, ao norte da Escócia, e Land’s End, no sul da Inglaterra, os dois pontos mais distantes do Reino Unido. Carlos Parreira tem 13 anos, é natural de Santarém e viveu no Cartaxo até os dois anos, quando foi morar com a família  em Reading, a 60 quilômetros de Londres, Inglaterra.


Foto: Reprodução/ O Mirante


O objetivo da aventura que começa sábado, 3 de abril, e que o jovem ribatejano vai realizar durante aproximadamente dez dias com a sua mãe, Maria Parreira, é angariar fundos e dar visibilidade ao “Little Dog Rescue”, uma instituição sem fins lucrativos dirigida por Maria Parreira, que acolhe cerca de meio milhar de cães em fase terminal ou cujo comportamento não permite que sejam adotados. 


Carlos e Maria Parreira vão enfrentar temperaturas negativas com chuva e neve nas montanhas. Segundo a mãe do jovem, Carlos será a pessoa mais jovem a realizar este percurso. “Se ficar provado que meu filho é a pessoa mais nova do mundo, entrará  no Livro de Recordes do Guinness”, diz Maria Parreira.


A aventura devia ter sido realizada em agosto do ano passado, mas uma meningite e a gripe A atingiram Carlos que, por recomendação médica, teve que repousar. Apesar das contrariedades, o jovem não desistiu da ideia e prepara-se agora para realizar o desejo. Seu maior sonho é voltar a Portugal, de preferência a Santarém ou Cartaxo, e construir um santuário animal e uma instituição como a criada na Inglaterra. Carlos pensou em viajar de Londres a Lisboa de bicicleta para recolher fundos e dar vida a esta ideia. 


“Ainda procuramos um terreno com, no mínimo, dois hectares onde pudéssemos construir o santuário mas infelizmente todas as portas se fecharam. Ninguém se mostrou interessado nesta ideia que iria ajudar a tirar muitos animais das ruas do distrito de Santarém”, lamenta Maria Parreira, acrescentando que o filho ainda sonha em cuidar de cães em Portugal como faz atualmente na Inglaterra. “Aos 13 anos, meu filho se mostra uma criança madura e essa maturidade surgiu com o convívio com os animais”, refere.


A paixão de Carlos por animais começou a ficar bem evidente quando, aos três anos, durante jogos de futebol em que participava, parava de correr, interrompendo o jogo, sempre que via uma minhoca ou outro inseto. Pegava nele e retirava-o do campo, impedindo que fosse pisado.


Desde os dois anos, arlos Parreira pedia um cão como animal de estimação. Os pais, que trabalhavam o tempo inteiro, resistiam à ideia. “No Reino Unido é muito difícil adotar um cão,uma vez que as pessoas devem disponibilidade horária para cuidarem dos animais e levá-los para passear na rua. Aqui, os animais têm que viver dentro de casa com a família. Se adotássemos um animal ele acabaria ficando cerca de oito horas sozinho em casa, por isso foi impossível”, explica Maria Parreira.


Durante uma das muitas viagens anuais a Portugal, chegaram a resgatar um cão abandonado que vivia nas ruas do Cartaxo e levaram-no para Inglaterra. Deram-lhe o nome de Lucky (Sorte). A paixão pelos animais foi aumentando e contagiando a família. Mais tarde, decidiram ficar com a cadela de um vizinho que não já não tinha condições de saúde para continuar a tomar conta do animal.


A dedicação de Carlos aos animais de quatro patas levou Maria Parreira a juntar-se ao filho neste amor incondicional. Em dezembro de 2008, deixou o emprego e criou a “Litlle Dog Rescue”, onde ajudam os animais menos afortunados.


Com Informações de O Mirante




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