Por Lobo Pasolini (da Redação)
Uma matéria típica da imprensa marrom publicada pelo jornal O Dia pintou uma imagem bacanalesca de Adriano, o jogador de futebol também conhecido como Imperador. Aproveitando a ressaca dos dias conturbados que Adriano passou nessa última semana, quando veio à tona seu problema com a bebida e depressão, o jornal disse que as festas na casa de Adriano incluem até mesmo bestialismo (além de travestis, prostitutas e garotas de programa).
“Alguns caem no chão, rolam de rir. Não acreditam na cena que presenciam. Um asno de verdade e um anão entram em ação para um bizarro show de sexo explícito que faria inveja ao imperador romano Calígula, famoso pelas orgias que promovia”, disse o jornal.
Se tudo isso é realmente verdade, não dá para saber. As fontes citadas são vagas e o tom da matéria é histérico e sensacionalista. O que chama a atenção é a casualidade e o humor com que o jornal descreve o que é um ato criminoso – o propósito do jornalista não é denunciar o crime da bestialidade, mas reduzi-lo ao simplesmente bizarro.
Se o jornal inventou o episódio da bestialidade para adicionar pimenta ao artigo, ele precisa ser punido porque estaria estimulando o crime e a crueldade contra animais.
Esperamos que alguma autoridade investigue essa afirmação e esclareça essa estória esdrúxula. Mesmo nesse submundo da imprensa fofoqueira que vive do banal e do escândalo, é preciso ter limite.