Por David Arioch
No dia 2 de junho, o ator Joaquin Phoenix e o músico Dave Navarro vão conduzir em Los Angeles uma simbólica procissão funerária dedicada a animais mortos para consumo. Eles e os demais participantes carregarão nos braços os corpos desfalecidos de leitões, frangos, galinhas e cordeiros.
A iniciativa faz parte das homenagens que serão feitas no Dia Nacional dos Direitos Animais a bilhões de animais mortos anualmente pela indústria de carnes, laticínios, ovos e outros produtos.
Até agora 32 cidades já confirmaram participação no evento, incluindo não apenas cidades dos EUA, mas também da Dinamarca, Reino Unido, França, Alemanha, Canadá, Austrália e Índia, entre outras.
O objetivo do Dia Nacional dos Direitos Animais, instituído em 2011, é refletir sobre a violência humana contra animais de outras espécies. O evento memorial traz em sua programação a leitura da Declaração dos Direitos Animais, discursos, poesia, música e apresentações audiovisuais.
Além disso, convida as pessoas a adotarem um estilo de vida vegano, em oposição à exploração animal que se estende à alimentação, vestuário, cosméticos, produtos domésticos, medicamentos, mão de obra, esportes e entretenimento.
Segundo a organização Our Planet. Theirs Too, sediada em Los Angeles e responsável pela criação do Dia Nacional dos Direitos Animais, dezenas de bilhões de animais são mortos nos matadouros do mundo todo ao longo de um ano.
Somente nos Estados Unidos, 10 bilhões de animais terrestres e 20 bilhões de animais marinhos foram reduzidos a alimentos. Tivemos dez milhões de animais mortos em laboratórios, três milhões mortos para a extração de suas peles e 200 milhões assassinados por caçadores. São 80 milhões de animais mortos por dia.
“Esses indivíduos, que têm uma alma, um caráter único e uma vontade de viver, são exatamente como nós: eles vêm em todas as formas, cores e tamanhos. Alguns deles têm penas, alguns deles têm pelos, alguns deles têm patas e outros têm pernas minúsculas”, justifica a organização.
E acrescenta: “Mas todos compartilham a mesma coisa que também temos em comum: eles têm o direito de viver. Com seus filhos e famílias. Felizes e livres. Nesse dia, paramos tudo e nos lembramos deles.”