O City of Portsmouth College, no Reino Unido, abriga há anos uma jiboia arco-íris brasileira chamada Ronaldo. Quando foi resgatada, um veterinário a identificou como macho, porém, recentemente, a cobra de 13 anos deu à luz 14 filhotes.

Além do fato de ser uma fêmea, o que também chamou a atenção foi que Ronaldo não tinha contato com nenhuma outra cobra há pelo menos nove anos. Mas, então, como se deu a gestação?

Em comunicado, seus criadores explicaram que ocorreu um fenômeno extremamente raro de partenogênese, uma forma natural de reprodução assexuada na qual os embriões se desenvolvem sem fertilização.

Sabe-se que isso ocorre em plantas e alguns animais, mas acredita-se que esta seja apenas a terceira ocorrência documentada em uma jiboia arco-íris brasileira em cativeiro em qualquer lugar do mundo.

“Eu crio cobras há 50 anos e nunca soube que isso acontecesse”, disse Pete Quinlan, especialista em répteis do City of Portsmouth College, em comunicado de imprensa. “Efetivamente, os bebês são clones de suas mães, embora suas marcações sejam todas ligeiramente diferentes.”

Ele acrescentou que “Ronaldo parecia um pouco mais gordo do que o normal, como se tivesse comido muito”. “Mas nunca pensamos por um momento que ele, ou melhor, que ela, estivesse grávida”, enfatizou.

Os filhotes foram descobertos por uma aluna durante uma verificação de rotina no viveiro. Agora, Quinlan está determinando o sexo deles e montando 14 novos viveiros. Quando as cobras amadurecerem o suficiente, elas irão para novos lares.

Fonte: Um Só Planeta