Durante reunião realizada nesta quinta-feira, dia 2 de fevereiro, o presidente da Câmara Municipal de Jataí, Geovaci Peres, determinou a confecção de um projeto de lei para que seja criado o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos dos Animais. “Hoje verificamos muitos maus-tratos contra animais domésticos ou de carga em nosso município”, afirmou Geovaci. “As pessoas precisam ter consciência a respeito desse assunto”.
Presente à reunião, Jerry Lewis Dias da Silva, um dos defensores dos animais, ressaltou que não somente cães e gatos são vítimas de abusos, mas também o gado bovino, durante o transporte em caminhões. Ele elogiou os trabalhos do Centro de Zoonoses de Jataí, mas lamentou a falta de um serviço de castração e de campanhas em favor da adoção de animais abandonados. “Seria necessária também a criação de um lar transitório para abrigá-los”, sugeriu Lewis.
O procurador jurídico da Câmara Silmar Carvalho informou que a responsabilidade pelos animais é da União, dos estados e dos municípios e que as leis existentes já são suficientes. Segundo ele, podem ser feitas campanhas de conscientização da população, além da criação de uma entidade para fiscalizar o cumprimento das leis vigentes.
Tanto Silmar quanto Geovaci descartaram a abertura de uma organização não governamental (ONG), devido ao desgaste que esse tipo de entidade vem enfrentando nos últimos tempos. Eles optaram pela criação de um conselho que conte com a participação de vários segmentos da sociedade, inclusive com a presença de um representante do curso de medicina veterinária do Campus Avançado de Jataí da Universidade Federal de Goiás (CAJ/UFG).
“Um conselho teria maior credibilidade”, assegurou o presidente da Câmara. “O que facilitaria a realização de parcerias com instituições como a UFG, por exemplo”. A entidade também poderia reduzir o sofrimento de animais de carga, como lembrou Geovaci, e também de bois e cavalos utilizados em rodeios, conforme ressaltou Jerry Lewis.
Maria das Dores Lima Goulart, a “Dorzinha”, e Patrícia de Lima Goulart Gehrke concordaram com a criação do conselho e levantaram a importância de se arregimentar voluntários dispostos a socorrer os animais abandonados e vítimas de violência e negligência. “Precisamos de pessoas que amem os animais”, declarou Patrícia. “Não basta só respeitar, tem que amar de verdade”.
Geovaci Peres pretende colocar o projeto na pauta da primeira temporada de sessões ordinárias do ano, entre 13 e 17 de fevereiro. Depois que a matéria for aprovada, serão chamadas entidades e a comunidade para que seja discutida a formação do futuro conselho.
Fonte: Página do Lewis