O Japão irá participar da reunião da Comissão Baleeira Internacional (CBI) que será realizada a partir desta segunda-feira (21), em Agadir (Marrocos), com o intuito de negociar a caça comercial de baleias de forma “controlada”, à qual vários membros do organismo se opõem frontalmente.
Embora signatário da moratória que em 1986 proibiu a caça de baleias com fins comerciais, o Japão aproveitou o vazio legal que existe sobre a “caça científica” e, com este argumento, mantém um polêmico e cruel programa de capturas que escapa do controle da CBI.
Em Agadir, será discutida uma proposta em que o Japão espera receber sinal verde para continuar com a caça às baleias com fins comerciais. Para conseguir realizar seu objetivo, eles prometem uma “troca”: reduzir a captura de baleias no Antártico.
A princípio, o plano apresentado não convence nem Tóquio, que ainda o considera restritivo demais, nem países como Austrália, que sabem o quão permissivo ele é. O Japão assegura que está aberto a “negociar”.
Concretamente, a iniciativa, promovida pelo presidente da CBI, o chileno Cristián Maquieira, permitiria ao Japão caçar 400 baleias minke em águas do Oceano Antártico entre 2011 e 2015, e reduzir esse número para 200 entre 2015 e 2020.
Atualmente a frota baleeira japonesa captura cerca de mil baleias em águas antárticas a cada ano, embora no ano fiscal de 2009 (que terminou em março) só tenha podido caçar metade porque alguns ativistas conseguiram impedir o massacre.
Fonte: EFE