Por Alexandra Klabin (da Redação)
O Japão pediu aos embaixadores da Austrália, Nova Zelândia e Holanda na sexta-feira (18) para tomar medidas contra o grupo anticaça Sea Shepherd, cuja perseguição fez com que sua temporada de caça na Antártida tenha terminado antes do prazo, informou o jornal The Sidney Morning Herald.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros Seiji Maehara disse: “É extremamente lamentável que as atividades obstrucionistas do Sea Shepherd não tenham sido impedidas” pelos três países que permitem à organização usar suas bandeiras e seus portos.
Maehara, disse o Ministério das Relações Exteriores, que havia convidado os três emissários, “transmitiu um sentimento de pesar e reiterou um pedido forte para tomar medidas eficazes para evitar a repetição de atividades obstrucionistas do Sea Shepherd”.
O grupo, com sede nos EUA, que tem perseguido os navios-arpão do Japão durante meses, opera navios registrados na Holanda e Austrália e usa os portos de nações contra a caça às baleias como Austrália e Nova Zelândia para suas campanhas.
Na sexta-feira, o Japão anunciou que estava trazendo para casa seus navios-arpão com cerca de um mês de antecedência, citando a necessidade de garantir a segurança dos baleeiros.
O porta-voz do governo japonês, chefe de gabinete do secretário Yukio Edano, considerou as ações do Sea Shepherd como “extremamente deploráveis”.
“Nós não podemos deixar de sentir indignação, porque a vida da tripulação foi ameaçada”, disse ele numa conferência de imprensa.
“Vamos trabalhar com medidas definidas para assegurar que possamos continuar a “investigação baleeira”, sem ceder às sabotagens”.