Catherine Bell, diretora de Política Internacional do Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal, é crítica à decisão. “Esse é o segundo maior animal da Terra. Colocá-lo na mira em 2024 é um grande erro para o Japão, para as baleias e para a comunidade internacional que trabalha para protegê-las. Pedimos ao Japão que retire imediatamente esta decisão indefensável”.
Bell destaca ainda as preocupações com o bem-estar animal. “Não há maneira humana de matar uma baleia no mar e temos profundas preocupações sobre as implicações de bem-estar dessa caça proposta. Os baleeiros japoneses não matam baleias-comuns desde 2011 e os atuais operadores de arpões podem não ter experiência em matar uma espécie que é significativamente maior – mais longa e mais pesada – do que a maior espécie que caçam atualmente. Os arpões geralmente não são eficazes para matar baleias com o impacto, levando a uma morte lenta e dolorosa”.
O Japão retomou a caça comercial de baleias em junho de 2019, após sair da Comissão Baleeira Internacional (IWC), órgão que regula a indústria baleeira. A prática, amplamente condenada pela comunidade internacional, tem gerado tensões, especialmente com o governo australiano. “A Austrália se opõe a toda caça comercial de baleias e pede a todos os países que acabem com essa prática”, expressou Tanya Plibersek, ministra do Ambiente e da Água do país em um comunicado.
Fonte: Olhar Digital