Por David Arioch
De acordo com a organização de conservação da vida marinha Sea Shepherd, mesmo com uma moratória global impedindo a caça comercial de baleias em 1986, em 1987 o Japão continuou matando baleias no Oceano Antártico, mas dessa vez como membro da Comissão Baleeira Internacional e sob o pretexto da “pesquisa científica”.
A Sea Shepherd afirma que a caça à baleia praticada pelo Japão no Oceano Antártico sempre foi uma operação comercial permitida apenas pela Comissão Baleeira Internacional.
Inclusive em 2014 os governos da Austrália e da Nova Zelândia levaram o governo japonês à Corte Internacional de Justiça na Holanda, argumentando que a caça às baleias no Hemisfério Sul não é científica e é ilegal.
Ainda este ano a organização de conservação da vida marinha confrontou os navios japoneses, até que o Japão anunciou o fim do seu programa de caça às baleias no Oceano Antártico. No entanto recomeçou ontem (1º de julho) a caça comercial de baleias em seu próprio território.
Japão, assim como Noruega, Islândia e Dinamarca, países que exploram a caça comercial em suas águas, são consideradas pela Sea Shepherd como nações baleeiras piratas que violam leis internacionais e tratados implementados para a proteção dos oceanos para as gerações futuras.
A organização classifica a saída do Japão da Comissão Baleeira Internacional e a retomada da caça comercial como um desrespeito e um ato de arrogância em oposição à Lei Internacional de Conservação.
“Nós vemos a retomada da caça comercial no Japão como meramente uma continuação do flagrante desrespeito do governo japonês às leis e tratados internacionais – uma luta que lideramos há mais de uma década. Se eles quiserem continuar com a caça baleeira, a Sea Shepherd continuará com a comunidade global que quer ver o fim da caça às baleias”, diz o CEO da Sea Shepherd, Alex Cornelissen.
O fundador da Sea Shepherd, capitão Paul Watson, destaca que a caça às baleias no Japão é uma indústria aterrorizante que sobrevive apenas pela injeção de enormes subsídios do governo.
“Nós expulsamos os baleeiros japoneses do Hemisfério Sul, e agora o massacre ilegal continua em suas próprias águas, o segundo maior assassinato de baleias, depois dos noruegueses”, enfatiza Watson.
E acrescenta: “Neste verão, impedimos os islandeses de matarem as baleias-comuns ameaçadas de extinção e estaremos ativamente contra o massacre de baleias-piloto e golfinhos nas dinamarquesas Ilhas Faroe.”
Watson reforça que a oposição à caça às baleias é global e é um dever continuar a pressionar o Japão e outros países até alcançarem o objetivo final – a completa e total erradicação da impiedosa matança de baleias.
Gratidão por estar conosco! Você acabou de ler uma matéria em defesa dos animais. São matérias como esta que formam consciência e novas atitudes. O jornalismo profissional e comprometido da ANDA é livre, autônomo, independente, gratuito e acessível a todos. Mas precisamos da contribuição, independentemente do valor, dos nossos leitores para dar continuidade a este imenso trabalho pelos animais e pelo planeta. DOE AGORA.