O ator vegano James Cromwell, conhecido principalmente pela interpretação do fazendeiro Hoggett, do filme “Babe”, e de Warden Hal Moores em “The Green Mile” ou “À Espera de um Milagre”, tem 78 anos e uma invejável vontade de fazer a diferença. Nem a pecha de “ecoterrorista”, que já lhe atribuíram, o incomoda. Pouco o preocupa a iminência de, a qualquer dia, ser enviado novamente para a cadeia por causa de suas intervenções e manifestações a favor dos animais.
James Cromwell foi preso tantas vezes que já perdeu as contas. Uma de suas campanhas mais bem-sucedidas foi contra a exploração de golfinhos pelo SeaWorld, que gerou comoção internacional. Uma das ações mais recentes em que participou foi a libertação de 100 perus em parceria com a rede de defesa dos direitos animais Direct Action Everywhere (DxE). Há pouco tempo, Cromwell entrou no Capitólio do Estado de Utah com um leitãozinho morto em seus braços para chamar a atenção do governo para a crueldade contra os animais.
A transição do ator para o vegetarianismo ocorreu em 1975, logo depois que ele percorreu o Texas de moto e observou como viviam os animais em confinamento. “Isso é realmente uma porcaria. Não posso fazer parte disso”, ponderou. Depois que retornou da Austrália, após a finalização de “Babe”, que o fez refletir mais profundamente sobre as nossas relações com os seres não humanos, James Cromwell se viu na obrigação de fazer algo pelos direitos animais. Então iniciou a sua trajetória como ativista.
O ator atuou no resgate de muitos animais, narrou documentários sobre a exploração animal, incluindo “Farm to Fridge”, de 2011, e ajudou santuários. Segundo Cromwell, negar a um animal o direito à vida e à autodeterminação é uma agressão contra o planeta e todos os seres sencientes. Para o ator, o veganismo é a melhor forma de ajudar os animais.