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INDONÉSIA

Jacarta proíbe venda e consumo de carne de cachorro, gato e morcego

A nova regra estabelece punições que vão de advertências à perda da licença comercial e dá seis meses para que o comércio local se adapte às mudanças.

25 de novembro de 2025
Redação ANDA
2 min. de leitura
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Cães em uma gaiola em um matadouro em Tomohon, Sulawesi do Norte, Indonésia, em 2023. Foto: AP

A cidade de Jacarta, na Indonésia, anunciou a proibição da venda e do consumo de carne de cachorro, gato e morcego para prevenir a transmissão da raiva, uma medida importante para os direitos animais, apesar de ter sido motivada exclusivamente por preocupações de saúde pública.

O governador Pramono Anung afirmou ter assinado a regulamentação que veta o comércio e qualquer atividade ligada a animais considerados transmissores da raiva quando destinados ao consumo humano. O texto, finalizado na segunda-feira (24/11), prevê um período de transição de seis meses antes de passar a valer plenamente. Segundo o documento consultado pela AFP, quem desrespeitar a regra poderá receber desde advertências formais até a perda da licença comercial.

A proibição abrange “animais vivos, carne ou outros produtos, crus ou processados”, encerrando oficialmente um comércio que há anos é denunciado por organizações de proteção animal por causar sofrimento extremo e incentivar capturas violentas.

Embora a decisão tenha sido tomada para conter o risco de raiva, que segue causando dezenas de mortes por ano na Indonésia, o impacto vai além da saúde pública. Para grupos como o Dog Meat Free Indonesia, se trata de um passo essencial rumo a um país mais ético e alinhado com padrões internacionais de bem-estar animal.

A Indonésia ainda figura entre os poucos países onde o consumo de carne de cachorro e gato é permitido, apesar das proibições locais que vêm se multiplicando. Em algumas regiões, a prática persiste por motivos culturais ou por ser vista como uma fonte barata de proteína. Em um país de maioria muçulmana, onde cães raramente são mantidos como animais domésticos, sua carne segue sendo tratada como iguaria por determinados grupos.

A nova política, ainda que motivada pelos “motivos errados”, é muito importante. Ativistas locais esperam que o avanço em Jacarta estimule outras cidades indonésias a eliminar definitivamente um comércio marcado por sofrimento, riscos sanitários e crescente rejeição global.

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